Biden está viajando para Nova Orleans após o ataque ao French Quarter que matou 14 e feriu 30

O presidente Joe Biden está levando uma mensagem às famílias enlutadas das vítimas do ataque mortal de Ano Novo em Nova Orleans: “Leva tempo. Você tem que aguentar.

Biden visitará na segunda-feira a cidade onde um veterano do Exército dirigiu um caminhão contra foliões no French Quarter, matando 14 e ferindo mais 30. É provável que seja a última vez que Biden viaja ao local de um crime horrível como presidente para consolar as famílias das vítimas. Ele tem menos de duas semanas restantes no cargo.

É uma tarefa difícil que os presidentes desempenham, embora nem todos os líderes tenham assumido o papel com tanta intimidade como Biden, de 82 anos, que passou por muitas tragédias pessoais na sua própria vida. Sua primeira esposa e filha morreram em um acidente de carro no início dos anos 1970, e seu filho mais velho, Beau, morreu de câncer em 2015.

“Eu estive lá. Não há nada que você possa realmente dizer a alguém que acabou de sofrer uma perda tão trágica”, disse Biden aos repórteres no domingo, em uma prévia de sua visita. “Minha mensagem será pessoal se eu conseguir ficar com eles sozinhos”.

Biden muitas vezes aproveita a oportunidade em ocasiões tão sombrias para falar a portas fechadas com as famílias, oferecer seu número de telefone pessoal caso as pessoas queiram conversar mais tarde e falar sobre o luto em termos pessoais.

O presidente democrata seguirá para a Califórnia após sua escala em Nova Orleans. A Casa Branca avançava com os planos para a viagem mesmo quando uma tempestade de neve atingia a região de Washington.

Em Nova Orleans, o motorista se chocou contra uma multidão na famosa Bourbon Street da cidade. Quatorze foliões foram mortos junto com o motorista. Shamsud-Din Jabbar, que dirigiu seu caminhão em alta velocidade contornando uma barricada e se chocando contra a multidão, mais tarde foi morto a tiros em um tiroteio com a polícia.

Jabbar, um cidadão americano do Texas, publicou cinco vídeos na sua conta do Facebook nas horas anteriores ao ataque, nos quais proclamava o seu apoio ao grupo militante Estado Islâmico e previa a violência que em breve desencadearia no Bairro Francês.

Biden no domingo rejeitou as teorias da conspiração em torno do ataque e instou os residentes de Nova Orleans a ignorá-las.

“Passei literalmente 17, 18 horas com a comunidade de inteligência desde o momento em que isso aconteceu para estabelecer exatamente o que aconteceu, para estabelecer, além de qualquer dúvida razoável, que Nova Orleans foi o ato de um único homem que agiu sozinho”, disse ele. “Toda essa conversa sobre conspirações com outras pessoas, não há evidências disso – zero.”

A vítima mais jovem tinha 18 anos e a mais velha 63. A maioria das vítimas tinha 20 anos. Eles vieram do Alabama, Louisiana, Mississippi, Nova York, Nova Jersey e Grã-Bretanha.

O senador da Louisiana, Bill Cassidy, um republicano, foi questionado no canal Fox News sobre o que a cidade esperava da visita de Biden.

“Como podemos não sentir sentimentos pelas famílias daqueles que morrem, mas também por aqueles que foram feridos em suas famílias?” ele perguntou.

“O melhor que a cidade, o estado e o governo federal podem fazer é fazer o possível para que isso não aconteça novamente. E o que podemos fazer como povo é garantir que não vivamos as nossas vidas com medo ou terror – mas vivamos as nossas vidas com coragem e liberdade, e depois apoiemos essas famílias da forma que precisarem de apoio.”

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A redatora da Associated Press, Fatima Hussein, contribuiu para este relatório.