Zema faz balanço do ano e já ensaia ‘passagem de bastão’

Zema faz balanço do ano e já ensaia ‘passagem de bastão’



Cerca de dois anos antes de deixar o Palácio Tiradentes, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), já faz discursos sobre as conquistas que deixará ao sucessor e ensaia uma entrega ao vice-governador Mateus Simões (Novo). Em café da manhã com a imprensa, nesta sexta-feira (13/12), Zema elogiou o que considera serem os avanços de sua gestão e pregou que seu legado será o trabalho de “austeridade” fiscal.

Ao lado dos secretários de Governo, Gustavo Valadares, e da Fazenda, Luiz Claudio, e da secretária de Planejamento, Luísa Barreto, o governador falou sobre a situação fiscal de Minas Gerais, lembrando o cenário que encontrou ao assumir o governo em 2019, após o governo de Fernando Pimentel (PT).

“Estarei passando ao meu sucessor um estado que nem se compara ao que recebi. Espero que este sucessor seja alguém que continue este trabalho disciplinado de austeridade, porque se voltar a fazer algo estúpido, o cenário de terra arrasada irá regressar. Leva apenas um ou dois anos de má gestão para destruir, enquanto leva de 10 a 15 anos para construir. E espero que o meu sucessor seja o meu vice-governador, Mateus Simões”, acrescentou.

Zema e sua secretaria também falaram sobre o acordo de Mariana, a dívida de Minas Gerais com a União, a privatização da Cemig e da Copasa, além de criticar o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e reforçar sua oposição nas eleições de 2026.

Acordo Mariana

Aprovado em novembro, o acordo para o rompimento da barragem de Fundão, em Marianaprevê a destinação de R$ 132 bilhões para reparação e indenização aos atingidos. Desse valor, pelo menos R$ 100 bilhões serão repassados ​​à União, Minas Gerais, Espírito Santo e municípios que aderirem ao acordo. Em relação ao governo do estado, Zema destaca o uso de recursos para obras de infraestrutura.

“É um acordo em que tivemos mais de 400 reuniões, eu mesmo participei de várias, foi um esforço enorme da nossa Procuradoria-Geral, da nossa Secretaria de Planejamento e Meio Ambiente, mas valeu a pena. Em alguns momentos a dificuldade foi tão grande que cheguei a duvidar que conseguiríamos esse acordo, mas conseguimos e agora temos 20 anos de obras a serem feitas em Minas Gerais, 20 anos com recursos garantidos para obras estruturais”, afirmou Zema .

“E o que é melhor, zero para os cofres públicos, tudo para a região atingida. Uma das grandes obras, certamente uma que meu sucessor mais se orgulhará quando entregar, será a duplicação de Belo Horizonte a Ouro Preto (BR- 356) e Mariana Isso realmente é algo que vai mudar completamente o cenário da região”, disse.

Dívida Mineira

Outra conquista comemorada pelo Palácio Tiradentes em 2024 foi a retomada do pagamento da dívida de Minas Gerais com a União, atualmente estimada em mais de R$ 165 bilhões. Zema destacou a importância do Regime de Recuperação Fiscal (RRF), aprovado em acordo com o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o Supremo Tribunal Federal (STF) em agosto, e também agradeceu os esforços para aprovação do Imposto Programa de recuperação Pagamento Integral da Dívida do Estado (Propag)alternativa do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

“No meu governo já quitamos mais de R$ 29 bilhões de dívidas que herdamos, grande parte da dívida quitada com os municípios. Qualquer um dos 853 prefeitos é testemunha desse pagamento que, aliás, continua acontecendo, todos os meses ainda estamos quitando as parcelas da saúde em recursos que foram retirados das prefeituras há oito anos. Estamos pagando ao governo federal a parcela da dívida do estado relativa ao Regime de Recuperação Fiscal, esta última no valor de R$ 296 milhões”, destacou.

“Há muitos recursos saindo do Estado para quitar essa dívida com a União, mas pelo menos é um valor suportável, diferente do que seria um pagamento normal. Dizem que pior que pagar R$ 300 milhões por mês seria pagar R$ 1,1 bilhão por mês, cerca de quatro vezes mais. Não é o melhor, mas é o menos pior”, destacou Zema.

Grandes obras

O governador afirmou ainda que as maiores conquistas de sua gestão deverão ocorrer com seu sucessor, destacando ainda que seu legado seria uma política de sustentabilidade fiscal. Segundo Zema, ainda há uma série de obras a serem inauguradas, mas as principais deverão ser até depois de 2026, todas com recursos reservados. “Se vai começar é porque definiu e reservou recursos para isso”, afirma.

“Como eu disse, o melhor do nosso governo sempre está por vir, não foi isso que aconteceu. Quando terminar meu mandato, entregarei um estado completamente diferente daquele que recebi. Recebi um estado caótico, um cemitério de obras paradas, abandonadas e vandalizadas. Além de abandonar as obras, o último governo não teve o cuidado de vedá-las. Não sobrou nenhum equipamento de ar condicionado, tivemos um custo adicional enorme para retomar essas obras”, exclamou o governador.

“Ainda terei oportunidade de inaugurar alguns hospitais regionais, o primeiro em Teófilo Otoni em 2025, os demais em 2026. Mas serão meus sucessores que inaugurarão as grandes obras do estado: a ampliação da linha dois do Belo Metrô Horizonte e Rodoanel Metropolitano, cujas obras terão início no próximo ano, a maior obra em décadas em Minas Gerais”, declarou.

Cemig e Copasa

Zema defendeu privatização da Companhia Energética (Cemig) e da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa)as principais agendas de governo na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). Segundo o chefe do Executivo mineiro, a venda das empresas seria importante para evitar “barbaridades do passado”, principalmente no caso da Cemig.

Zema afirma que desde que assumiu o governo, a Copasa dobrou de valor, e a Cemig triplicou, além de ter recebido tratamento executivo técnico e apolítico. O governador destacou a geração de energia fotovoltaica, que passou de 518 MW de potência instalada em 2018 para 9 GW este ano.

“O que queremos vender para a empresa? Você não precisa vendê-lo. Se o Estado deixar de governar, fico muito satisfeito, porque as barbaridades do passado deixarão de ser cometidas. O Estado continua a ser acionista, terá os seus 17%, mas já não tem poder de controlo”, declarou Zema.

“Isso significa transformar a empresa em sociedade anônima, você terá ações, receberá dividendos, a empresa vai valorizar mais, o mercado vai precificar a melhoria na governança. Se amanhã o governo federal disser que tem interesse nesse ativo, vamos repassar o ações da nova Cemig Corporation, e o governo passa a receber esses dividendos. Isso otimiza o valor da empresa”, afirmou.

Governo Lula

De olho em 2026, Zema reforçou críticas ao governo do presidente Lula e defendeu uma candidatura de direita e centro-direita para concorrer com o petista nas próximas eleições. O governador disse que ainda não sabe se será candidato nas próximas eleições e que prefere apoiar um aliado do interior em vez de encabeçar uma chapa, mas destacou que se for o “escolhido”, ele trabalhará muito para conquistar o Palácio do Planalto.

O governador de Minas Gerais citou como exemplo as dificuldades da gestão petista com as contas públicas, afirmando que a irresponsabilidade fiscal provocou o aumento da taxa básica de juros (Selic) e pressionou a inflação.

“Já falei que em 2026 tenho duas grandes missões: apoiar o vice-governador Mateus Simões como candidato ao governo do estado e também apoiar um nome da direita, ou centro-direita, para presidente da República. Se este nome for a minha pessoa – não tenho pretensões, pessoalmente prefiro apoiá-lo do que ser -, missão dada é missão cumprida”, disse o governador.

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“Estarei trabalhando com o máximo empenho. Tenho certeza que não é esse tipo de governo, irresponsável nos gastos, sem planos futuros para o Brasil [que vai dar certo]. O projeto deles é para a festa, para o grupo deles, então eles têm um ótimo projeto. Não é isso que vai funcionar. Em 2026 vocês vão me ver muito, viajando muito por Minas, e o Brasil apoiando um candidato. Não sei se serei eu, porque tudo depende da situação política. O que eu quero é contribuir com o Brasil”, completou.



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