Violência política visa afastar mulheres dos espaços de poder, afirmam debatedoras – Notícias

Violência política visa afastar mulheres dos espaços de poder, afirmam debatedoras – Notícias


09/05/2024 – 09:03

Vinicius Loures/Câmara dos Deputados

Comissão Permanente Conjunta de Combate à Violência contra as Mulheres

A violência política de gênero visa afastar as mulheres dos espaços de poder e de tomada de decisão, na avaliação dos participantes de audiência pública realizada nesta quarta-feira (4) pela Comissão Mista Permanente de Combate à Violência Contra a Mulher do Congresso Nacional. Para eles, as mudanças envolvem assistência oportuna às vítimas, punição dos responsáveis ​​e mudança de cultura.

A coordenadora geral de Participação Política das Mulheres do Ministério da Mulher, Andreza Xavier, citou pesquisa das Nações Unidas que constatou que 25% das mulheres em espaços políticos sofreram violência física durante o mandato. Além disso, 20% delas relataram ter sido vítimas de assédio sexual, 45% de ameaças e 82% de violência psicológica. Dos entrevistados, 40% afirmaram que a violência prejudicava as suas atividades políticas.

“Quando as mulheres sofrem violência política, elas são desencorajadas de permanecer naquele espaço de poder, ou mesmo de disputar uma nova eleição ou reeleição”, avaliou. Para ela, a situação tanto atinge as mulheres que já ocupam esses espaços como desestimula aquelas que desejam ocupá-los. “Eles veem seus representantes sendo atacados todos os dias, e seus agressores muitas vezes ficam impunes”.

Levantamento realizado pelo Instituto Alziras sobre violência política de gênero entre 2021 e 2023 mostrou que apenas 7% das representações por esse tipo de agressão foram convertidas em denúncias criminais por parte do Ministério Público.

Delegacias digitais
Para a ministra do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Edilene Lôbo, a criação de delegacias digitais poderia agilizar o atendimento às vítimas, e a economia nas edificações permitiria o investimento em pessoal especializado.

“Isso aumentaria a possibilidade de adoção de medidas urgentes, ativando imediatamente plataformas digitais para informá-los de um ato ilícito”, disse o ministro. “Não é possível que a oitava maior economia do mundo conviva com altos índices de feminicídio, de exclusão das mulheres do mundo da política, de apagamento das mulheres nos espaços corporativos”, argumentou.

Espaço na política
A secretária-geral da Presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Andréa Pachá, destacou que, embora constituam mais da metade da população brasileira, as mulheres ocupam menos de 18% dos assentos na Câmara e 15% do cadeiras no Senado.

Apenas 12,1% dos municípios são governados por uma prefeita. As mulheres representam apenas 16,1% dos assentos nos conselhos municipais e 17% das cidades não elegeram nenhuma representante feminina.

Conhecimento
Na avaliação da deputada Elisangela Araujo (PT-BA), o caminho para a transformação passa por políticas públicas que promovam mudanças de consciência. “Nosso desafio é dialogar com o Executivo, propor políticas que façam essa transformação em uma geração, a partir da educação infantil”, disse o parlamentar. “Não adianta investir em segurança pública se não mudarmos a concepção de relações de gênero na sociedade brasileira”, ponderou.

A juíza Andreia Pachá concorda que é necessária uma mudança cultural, com educação e convivência, e com formas de “constranger” quem pensa que é “uma agenda de mulherzinha” lutar por um país mais igualitário.

Embora reconheça a importância das leis para combater a violência contra as mulheres, entende que a legislação não é suficiente. Ela lembrou que, desde 1963, uma lei estabelece que as mulheres têm o direito de ocupar todos os cargos públicos em igualdade de condições com os homens.

Retorno
A diretora-geral da Escola Superior do Ministério Público da União, Raquel Branquinho, por sua vez, chamou a atenção para a necessidade de evitar retrocessos.

Segundo ela, está em curso a elaboração de um Código Eleitoral que reunirá toda a legislação relativa ao processo político-eleitoral no país. Ela alerta para o risco de leis que protegem as mulheres ficarem “dispersas” no novo texto e perderem eficácia.

Relatório – Maria Neves
Edição – Rachel Librelon



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