FOLHAPRESS – Presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), a ministra Cármen Lúcia solicitou nas últimas semanas aos demais ministros do tribunal que participassem das sessões de julgamento presencialmente, e não por videoconferência.
Cármen quer que os ministros fiquem mais em Brasília pelo menos até as eleições municipais deste ano e reforçou que este é um período em que será necessária a participação dos magistrados na análise dos processos.
O pedido do presidente foi confirmado por três ministros do TSE ouvidos pela Folha. Procurada pela consultoria, Cármen não comentou.
Dois dos ministros consultados afirmaram que seu principal objetivo é que o TSE sirva de exemplo aos juízes eleitorais de primeira e segunda instâncias.
A intenção é que, a partir deste exemplo de tribunal superior, outros magistrados eleitorais também exerçam presencialmente as suas funções num ano de disputas locais por todo o país.
Cármen foi empossada no início de junho como presidente do TSE. Ela estará à frente do tribunal tanto durante o período eleitoral quanto em momentos posteriores.
As eleições deste ano terão primeiro turno no dia 6 de outubro e segundo turno no dia 27 de outubro. A diplomação dos eleitos acontece até 19 de dezembro. O TSE costuma se reunir duas vezes por semana, nas terças à noite e nas quintas pela manhã.
A ministra substituiu Alexandre de Moraes na presidência e só deve deixar o cargo em meados de 2026, quando será sucedida por Kassio Nunes Marques.
A participação de juízes via videoconferência nas sessões de julgamento e também nas audiências tornou-se regular desde a pandemia da COVID-19 e a prática não deixou de ser utilizada mesmo com o fim da emergência sanitária.
Como mostrou a Folha de S.Paulo, o próprio STF (Supremo Tribunal Federal) contou com a participação presencial de todos os 11 ministros em apenas 6 das 22 sessões plenárias realizadas de fevereiro até a primeira semana de maio.
A prática também é rotineira em tribunais como o STJ (Superior Tribunal de Justiça), nos TREs (Tribunais Regionais Eleitorais) e nos tribunais regionais federais.
No STF, Cármen Lúcia é um dos membros do tribunal que menos participa das sessões virtuais e costuma ir presencialmente ao plenário do tribunal.
O pedido do ministro ao TSE aconteceu às vésperas do 12º Fórum Jurídico de Lisboa. O evento costuma reunir membros das lideranças dos três Poderes em Portugal.
O fórum está programado para acontecer de quarta a sexta-feira desta semana. Logo depois, em julho, o Judiciário entra em recesso e volta ao funcionamento normal em agosto.
Por causa do acontecimento em Portugal, o STF e o STJ anteciparam sessões esta semana. O TSE, porém, manteve a sessão tanto desta terça (25) quanto de quinta (27).
Um dos organizadores do fórum em Portugal é o IDP (Instituto Brasileiro de Educação, Desenvolvimento e Pesquisa), que tem como sócio o ministro do STF Gilmar Mendes e seu filho como diretor. A Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa e a FGV (Fundação Getulio Vargas) também organizam o fórum.
No ano passado, o encontro de uma série de políticos, advogados, empresários e candidatos a cargos do Executivo e Judiciário em Lisboa tornou o evento conhecido como “Gilmarpalooza”, em referência ao festival Lollapalooza.
Seis ministros do STF estão previstos para participar do fórum em Portugal: o próprio Gilmar, Cristiano Zanin, Luís Roberto Barroso, Alexandre de Moraes, Flávio Dino e Dias Toffoli.
Entre os sete ministros do TSE, apenas Floriano de Azevedo Marques deverá comparecer ao evento. Ele deverá participar da sessão desta semana por videoconferência, pois tem em pauta processos para seu relator.
Floriano compõe o tribunal pela chamada “classe de juristas”, ocupada por representantes da advocacia. Questionado pela reportagem se participaria das sessões desta semana, o ministro afirma que tinha compromissos acadêmicos no final do semestre, pois é professor da USP e da FGV no Rio de Janeiro e, portanto, não poderá para participar da sessão desta semana.
Mas disse que, no segundo semestre, ficará de fora desse tipo de agenda no Brasil e no exterior por conta das eleições.
Nas sessões desta semana, a expectativa é que os ministros do TSE que integram o STF (Cármen Lúcia, Kassio Nunes Marques e André Mendonça), do Superior Tribunal de Justiça (Raul Araújo e Isabel Gallotti) e, para a advocacia , o Ministro André Ramos Tavares.
Além deles, o tribunal conta ainda com sete ministros suplentes, que participam das sessões na ausência de um dos membros. Os suplentes também são membros do Supremo Tribunal Federal, do STJ e da advocacia.
É a segunda passagem de Cármen Lúcia como presidente do TSE. Em 2012, foi a primeira mulher a ocupar o cargo na história e também liderou as eleições municipais daquele ano. Em novembro de 2013, Cármen deixou o TSE após o término do mandato.
Nos bastidores, Cármen é conhecida por ter um estilo de vida discreto e por evitar participar de eventos que possam comprometer sua imagem de imparcialidade ou levantar dúvidas sobre possíveis conflitos de interesses.
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