07/02/2024 – 14h29
Elio Rizzo/Câmara dos Deputados
Público ouvido de produtores de energia eólica e solar
Entidades do setor elétrico e industrial afirmaram nesta terça-feira (2), na Câmara dos Deputados, que o projeto de lei (PL) que impõe taxação aos geradores de energia eólica e solar reduzirá o ritmo de investimentos na produção de energia renovável no país , que está em um ciclo ascendente. Também penalizará os consumidores, pois o custo da “taxa” será repassado à conta de luz.
O PL 3.864/23, do deputado Bacelar (PV-BA), estabelece compensação financeira, destinada a estados e municípios, sobre a energia eólica e solar gerada em seus territórios. A compensação será de 7% do valor da energia produzida pelas usinas. A geração eólica e solar é responsável por quase um terço da capacidade instalada de produção de eletricidade do Brasil.
A proposta foi tema de debate na Comissão de Minas e Energia. “Novos impostos sem dúvida vão onerar o consumidor”, disse o diretor de novos negócios da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), Marcello Cabral. Ele e outros convidados pediram que a análise do projeto pela comissão fosse adiada.
O presidente do Fórum de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Setor Elétrico (Fmase), Marcelo Moraes, afirmou que o projeto “não cabe neste momento”. “O mundo vive uma transição energética, procura locais para se instalar com energia limpa e renovável. E o Brasil, nessa corrida global, se coloca em uma posição muito favorável”, afirmou.
Impacto
O gerente de Energia da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Roberto Wagner Pereira, disse aos deputados que, em cálculo preliminar, o projeto aumentará os encargos do setor elétrico repassados aos consumidores em R$ 870 milhões por ano. O número pode chegar a R$ 1,39 bilhão se a geração distribuída for incluída na nova tributação, já que o projeto, segundo Pereira, não é claro sobre isso.
Também presente no debate, o diretor técnico e regulatório da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), Carlos Dornellas, apresentou parecer jurídico que questiona a constitucionalidade do PL 3864/23.
Segundo ele, a exploração do potencial solar não se enquadra no rol de bens da União que permitem a arrecadação de compensações financeiras, como recursos hídricos e minerais. “Não há necessidade de se falar, neste momento, em cobrança de ‘royalties’ sobre um ativo que não está listado como ativo da União”, acrescentou.
Esse, inclusive, é um dos argumentos utilizados pelo relator do projeto, deputado Gabriel Nunes (PSD-BA), que pediu a rejeição da proposta. O parecer aguarda votação na comissão.
A deputada Silvia Waiãpi (PL-AP), que solicitou a audiência pública, reconheceu que o projeto pode penalizar os consumidores brasileiros. “Eu entendo essa perspectiva. Agora vou sentar com o relator e conversar sobre todo o material apresentado”, disse o deputado.
Relatório – Janary Júnior
Montagem – Roberto Seabra
empréstimo auxílio brasil picpay
emprestimo consignado do inss
empréstimo consignado inss
emprestimo aposentados
simulação picpay
créditos consignados
empréstimos consignados do inss
emprestimo para inss
empréstimo do inss