O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) evitou comentar a declaração dada no dia da eleição para prefeito (27/10). Na época, ele afirmou, sem apresentar provas, que o PCC (Primeiro Comando da Capital) havia aconselhado o voto em Guilherme Boulos (PSOL).
Assessores de Tarcísio afirmam, nos bastidores, que o governador não quer tocar no assunto e que ficou decepcionado com a repercussão da declaração.
Acusado pela oposição de agir em benefício do seu candidato, o prefeito Ricardo Nunes (MDB), reeleito, Tarcísio argumenta entre aliados que não premeditou seu discurso, apenas respondeu a uma pergunta da imprensa.
Secretários ouvidos pela reportagem minimizam o episódio tanto sob o aspecto político quanto jurídico, argumentando que a declaração não alterou o resultado da votação, que foi uma resposta natural e que a repercussão foi exagerada. Negam também que Tarcísio esteja evitando a imprensa, tendo em vista que deu entrevistas no período.
Desde o dia 27, porém, Tarcísio deu poucas entrevistas e não se encontrou com jornalistas nem durante a série de leilões e subsequentes marteladas dos últimos dias, ocasiões que costuma usar como vitrine. Nesta terça-feira (11/05), por exemplo, não houve agenda pública.
Questionado pela reportagem por meio de sua assessoria de imprensa nesta terça, o governador não comentou sua fala sobre o PCC.
A afirmação, como mostrou a Folha, foi criticada até por integrantes da campanha de Nunes e considerada um erro do próprio governador, segundo aliados.
Segundo Tarcísio e a Secretaria de Segurança Pública do estado, a inteligência policial interceptou mensagens da facção criminosa que aconselhava o voto em Boulos. O deputado classificou a afirmação como “uma vergonha” e entrou com uma ação na Justiça Eleitoral pedindo a inelegibilidade de Nunes e Tarcísio.
Especialistas em direito eleitoral consultados pela Folha afirmaram que o discurso foi grave o suficiente para que Tarcísio fosse condenado na Justiça Eleitoral por abuso de poder político, tornando-o inelegível por oito anos.
Três ministros do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e de tribunais superiores com acesso ao Judiciário, porém, disseram que as notícias criminais apresentadas pela campanha de Boulos têm poucas chances de tornar o governador inelegível. Disseram à Folha, com ressalvas, que o discurso de Tarcísio teve pouco ou nenhum impacto no resultado final da eleição.
Em entrevista à Folha, o presidente do TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo), Silmar Fernandes, comparou a declaração de Tarcísio a um travesseiro de penas jogado de um prédio. “Como você coleta [as penas] depois?”, questionou.
No governo, os auxiliares de Tarcísio dizem que ele se explicará no âmbito da ação eleitoral e dizem acreditar que não haverá consequências jurídicas. Isso porque, segundo esses aliados, Tarcísio apenas respondeu a verdade e há como comprovar sua afirmação.
Reservadamente, os aliados do governador admitem que teria sido melhor se ele não tivesse respondido, mas afirmam que o assunto foi explorado além da medida e que foi superado, pois a agenda do governo é mais importante.
Para eles, a cobrança negativa foi dada pela oposição de esquerda e não pelo campo político do qual o governador faz parte.
No dia seguinte à eleição, segunda-feira (28/10), Tarcísio não divulgou agendas públicas. Nos últimos dez dias, ele esteve na bolsa B3, no centro da capital, quatro vezes para realizar leilões, mas não respondeu à imprensa em nenhuma dessas ocasiões.
Já o governador conversou com jornalistas em três oportunidades na última semana, mas não foi questionado sobre a afirmação do PCC – apenas uma entrevista foi concedida na capital paulista, as demais ocorreram em Sorocaba (SP) e Brasília.
Na terça-feira (29/10), após o leilão da parceria público-privada para construção e manutenção de escolas estaduais, Tarcísio iniciou a entrevista à imprensa com um comentário sobre a concessão, mas saiu mais cedo, deixando apenas suas secretárias para responder perguntas.
No dia seguinte, quarta-feira (30/10), ele repetiu a estratégia. Após leilão de concessão de rodovia, para a Rota Sorocabana, o governador fez um pronunciamento à imprensa, mas deixou perguntas aos secretários.
Na quinta-feira (31/10), Tarcísio se encontrou com jornalistas, mas estava fora da capital. Ele falou pela manhã em Sorocaba, no evento de lançamento da ampliação da fábrica da Toyota, e, posteriormente, em Brasília, após reunião de governadores com o presidente Lula (PT) sobre segurança pública. Nessas entrevistas, ele não foi questionado sobre a afirmação sobre o PCC.
Na sexta-feira (11/01), o governador realizou o leilão da loteria estadual, mas não atendeu à imprensa na B3 – foi direto para o próximo compromisso, uma reunião com Nunes e lojistas do Brás, após o incêndio no Shopping 25 Brás. A dupla se reuniu com a imprensa, mas apenas respondeu sobre as medidas em favor dos comerciantes atingidos.
O governador também esteve na abertura da 2ª Edição do SP Gastronomia e no evento do canal CNBC, mas não se encontrou com os jornalistas.
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Nesta segunda-feira (11/04), Tarcísio participou do quarto leilão consecutivo, novamente para uma parceria público-privada para construção e administração de escolas. Mais uma vez, apenas as suas secretárias responderam aos jornalistas. Durante a noite, ele participou de evento da CNN Brasil, mas não houve entrevista à imprensa.
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