Tarcísio e a paranoia | VEJA

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Do Palácio do Planalto ao Palácio dos Bandeirantes, passando pelo condomínio Vivendas da Barra, você pode contar nos dedos de uma mão quem duvida que o governador Tarcísio de Freitas quer ser o candidato da oposição em 2026. Ele governa como candidato, dá entrevistas como candidato , articula apoio na eleição para prefeito como candidato e, em todas as oportunidades, jura lealdade ao morador de Vivendas da Barra, Jair Bolsonaro, em busca de apoio para ser candidato. No entanto, ainda precisa ser acordado com os eleitores anti-PT. Por enquanto, eles preferem a mulher do ex-presidente, Michelle.

A rodada de pesquisa Genial/Quaest na Bahia e em Pernambuco revela o longo caminho que Tarcísio precisa percorrer. Na Bahia, apenas 29% acham que ele seria o melhor nome para representar a oposição, contra 46% de Michelle. Em Pernambuco, ele tem apenas 24% e ela 51%. Em abril, pergunta semelhante mostrou que Tarcísio é favorito apenas em São Paulo, ficando em terceiro lugar em Minas Gerais, Paraná e Goiás. Por decisão do TSE, Bolsonaro teve seus direitos políticos cassados ​​até 2030.

Como o mais provável é que Michelle concorra a senadora, a disputa de Tarcísio não é com a esposa de Bolsonaro, mas com a sua conhecida paranóia. Por medo de ser traído, Bolsonaro já rompeu com tanta gente que a única razão pela qual não encerrou a presidência na solidão foi a intervenção do senador Ciro Nogueira, que assumiu o comando do último ano de governo.

É por isso que em todas as oportunidades Tarcísio reforça a sua lealdade ao ex-presidente. “Tínhamos professor (em Bolsonaro). Aprendemos o caminho. A direita está unida e tem um único líder, que é o presidente Bolsonaro”, discursou em evento de extrema direita em Balneário Camboriú, em julho. A pedido de Bolsonaro, Tarcísio indicou um ex-coronel da Polícia Militar como candidato a vice-prefeito de São Paulo e mudou seu apoio em algumas cidades do interior.

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Com o apoio de uma parte preponderante da elite e da mídia, Tarcísio sabe que é a sua vez de ser candidato à presidência, mas sem Bolsonaro todo o projeto desmorona. Mas a rejeição a Bolsonaro continua tão forte que ser visto como um fantoche do ex-presidente é jogar no lixo as chances de vitória. Tarcísio precisa estar próximo do ex-presidente a ponto de ter o seu apoio popular, mas mostrar alguma independência que indique que o seu eventual governo não será uma repetição dos anos 2019-22. É difícil.

A desconfiança em relação ao quanto os discursos de Tarcísio são prova de lealdade e o quanto são apenas oportunismo político explica a reticência do eleitor bolsonarista. Apoiar Michelle seria uma garantia para esses eleitores de que, em caso de vitória, quem governaria o país seria Bolsonaro. Com Tarcísio isso não fica evidente no Palácio do Planalto, nem no Palácio dos Bandeirantes, nem no condomínio Vivendas da Barra.



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