Quando Lula encerrou sua primeira gestão como Presidência da República, em 2010, o governo liberou alterações parlamentares se você quisesse – e pelo preço que quisesse. Deputados e senadores viviam de pires nas mãos em busca de recursos para seus redutos eleitorais. A terra era fértil para fisiologiae o presidente forneceu recursos para quem, em troca, votou com o Palácio do Planalto. A balança de poder pendeu para o Executivo.
Ao iniciar seu terceiro mandato, Lula encontrou uma situação diferente. Num processo de acumulação de poder que atingiu o seu auge na gestão de JairBolsonaroos parlamentares transformaram emendas individuais e de bancada em obrigatórias —ou seja, de pagamento obrigatório. Também passaram a controlar parcelas cada vez maiores do Orçamento, que chegou a 50 bilhões de reais em 2024, considerando todos os tipos de emendas. A balança, portanto, começou a pender para o Legislativo.
Neste novo cenário, Lula perdeu força na mesa de negociações, o que o obrigou a fazer mais concessões do que gostaria para aprovar projetos prioritários. Deputados e senadores, de certa forma, vivenciam uma situação de conforto, pois, independentemente da vontade do presidente, possuem recursos disponíveis para destinar às suas bases eleitorais. Falando claramente, eles estão ganhando a vida, tanto que muitos deles já não fazem questão de participar de debates sobre questões nacionais no plenário.
Feito sob medida
Com o jogo em andamento, a decisão do time Supremo Tribunal Federal (STF) suspender o pagamento de emendas parlamentares representa uma reviravolta nas regras e favorece Lula politicamente. Numa correta defesa da transparência, o STF disse que deputados e senadores não podem mais destinar emendas onde quiserem e sem saber, em alguns casos, quem indicou os recursos e em que área foram gastos, o que dificulta o monitoramento adequado. .
A pegadinha está na segunda parte da decisão, segundo a qual as alterações só devem ser divulgadas se forem atendidos requisitos técnicos, cuja verificação cabe ao Poder Executivo. Ou seja, a palavra final cabe à equipa do Presidente da República. “É uma anomalia grave termos um sistema presidencialista, decorrente do voto popular, coexistindo com a figura de parlamentares que ordenam despesas discricionárias como se fossem autoridades administrativas”, disse o ministro Flávio Dinorelator do caso.
Embora Dino tenha sido indicado para o cargo por Lula, que atuou como Ministro da Justiça, apoiadores do governo afirmam não ter influência na decisão do STF. Questionado sobre o tema, o presidente defendeu uma negociação entre os poderes para resolver a questão, mas deixou escapar em entrevista como a reviravolta poderia lhe ser favorável do ponto de vista político. “Emendas impositivas significam que deputados e senadores podem ser a favor ou contra (o governo) e têm o mesmo direito. Se você passar o dia inteiro me xingando, vai conseguir do mesmo jeito. Esse foi o começo da loucura.” Lula sente falta da época em que usava recursos públicos para recompensar a lealdade —ou punir adversários.
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