Primeiro suplente de vereador da federação PSDB-Cidadania, o candidato Reinaldinho (PSDB) moveu nesta segunda-feira (1/6) ação para contestar o mandato eletivo contra o vereador Leonardo Ângelo (Cidadania) por suposto abuso de poder econômico durante a campanha eleitoral por omitir despesas na contabilidade – mais conhecido como caixa dois.
Na ação, que o Estado de Minas teve acesso, o candidato tucano acusa ainda Leonardo Ângelo de ter contratado coordenadores regionais para a campanha com “salários altíssimos” e de que os pagamentos, estimados pelo Ministério Público em cerca de R$ 450 mil, foram financiados em parte pela campanha do candidato a prefeito de Belo Horizonte, Mauro Tramonte (Republicanos).
“A Ação proposta neste momento visa, portanto, garantir o equilíbrio do processo eleitoral, base valiosa para a manutenção da integridade e da confiança no sistema adotado nas eleições. (…) É verdade que todos os candidatos que formaram a lista contribuíram para que a coligação elegesse um vereador. No entanto, também seria correcto que todos tivessem disputado a corrida eleitoral seguindo as regras do jogo, sem abuso do poder económico e sem que a lisura das eleições fosse comprometida”, afirmou Reinaldinho em comunicado.
A federação PSDB-Cidadania fazia parte da base eleitoral do prefeito Fuad Noman (PSD). A denúncia alega que o repasse de recursos eleitorais para partidos que não estão na mesma federação ou coligação viola o artigo 17, da resolução 23.607/2019 do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que em seu segundo trecho proíbe a prática e “configura grave irregularidade”.
“Até o momento, há elementos claros que indicam que o candidato omitiu receitas e despesas que foram utilizadas no apoio à sua campanha eleitoral. Não há dúvidas sobre o grandioso esquema criado pelo investigado para utilizar recursos de outras campanhas eleitorais para sua benefício próprio, além de ter ocultado despesas incorridas e pagas valores fora da campanha eleitoral”, afirma o texto, que prossegue afirmando que a prática “comprometia a igualdade da disputa eleitoral e a própria legitimidade da eleição”, afirma o Ação.
O vereador Leonardo Ângelo afirmou que ainda não teve acesso ao conteúdo da ação e que, portanto, não se posicionará neste momento. Porém, afirmou que serão prestados esclarecimentos, mas que no momento está focado em seu trabalho parlamentar na Câmara de BH.
O deputado estadual e candidato a prefeito de Belo Horizonte, Mauro Tramonte (Republicanos) afirmou que, por não ser parte na ação, não tem conhecimento dos fatos narrados, mas ressalta que “todas as despesas de campanha foram devidamente declaradas ao Conselho Eleitoral”. Tribunal, sendo acessível a qualquer cidadão”.
Reinaldinho obteve 5.076 votos, o que o torna o primeiro suplente para o cargo de vereador da federação PSDB-Cidadania. Caso se confirme o impeachment de Leonardo Ângelo, votado por 6.156 eleitores, o tucano assumirá sua cadeira no Legislativo municipal.
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Suplentes vão a tribunal contra eleitos
Além de Reinaldinho, os candidatos ao cargo de vereador não eleito Rubão (Podemos) e Preto (União Brasil) ajuizaram, respectivamente, ações na Justiça Eleitoral contra os vereadores Lucas Ganem (Podemos) e Janaína Cardoso (União Brasil), dos quais eles são substitutos. . Janaína Cardoso é acusada de se ter apropriado dos serviços públicos de saúde no período que antecedeu o período eleitoral e de ter sido abordado potenciais eleitores destacando a relação entre a candidata e os serviços do Instituto.
Ganem, que é paulista, é acusado de não ter domicílio eleitoral em Belo Horizonte. Na ação de Rubão, ele afirma que outra pessoa mora no endereço indicado pelo vereador eleito.
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