FOLHAPRESS – A prisão preventiva do general da reserva Valter Braga Netto foi mantida pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na tarde deste sábado (14/12), após audiência de custódia.
A audiência foi realizada por videoconferência e conduzida por um desembargador auxiliar do gabinete do ministro Alexandre de Moraes. A lei prevê este procedimento para verificação da regularidade da prisão e do tratamento dado ao detido.
O ex-ministro do governo Jair Bolsonaro (PL) e também candidato a vice na chapa derrotada de 2022 foi preso na manhã deste sábado sob a alegação de haver obstrução às investigações sobre um plano golpista que visava impedir a posse do presidente Lula (PT). Endereços ligados à geral também foram alvo de buscas e apreensões.
Braga Netto ele estava em sua casa, no Rio de Janeiro, quando foi preso pela Polícia Federal (PF). Ele ficará detido no quartel da 1ª Divisão do Exército, também no Rio – a organização está subordinada ao Comando Militar do Leste, órgão que foi chefiado pelo próprio Braga Netto de 2016 a 2019. A prisão preventiva não tem data para acabar.
A operação foi solicitada pela PF e autorizada por Moraes, com aprovação da PGR (Procuradoria-Geral da República).
Segundo o titular da PGR, Paulo Gonet, a representação da Polícia Federal traz “provas suficientes da autoria e materialidade dos graves crimes cometidos pelos réus”. Diz ainda que a prisão preventiva de Braga Netto seria necessária para mitigar riscos à ordem pública e à aplicação do direito penal.
A defesa do general da reserva negou, em nota divulgada na tarde deste sábado, que ele tenha obstruído as investigações e disse que isso será comprovado. Em comunicado anterior, ele afirmou que “nunca foi um golpe, muito menos um plano para assassinar alguém”.
Polícia Federal
A Polícia Federal também realizou buscas contra o coronel reformado Flávio Peregrino, principal auxiliar de Braga Netto desde o governo Bolsonaro. Ele foi alvo de outra pena de prisão e está proibido de falar com os demais investigados.
As suspeitas relacionadas à tentativa de interferência nas investigações se acumulam desde setembro de 2023, quando o tenente-coronel Mauro Cid teve seu acordo de colaboração premiado aprovado pelo STF.
O próprio Cid relatouem depoimento, que Braga Netto procurou diretamente o pai, o general Mauro Lourena Cid, para pedir detalhes do que ele havia dito na colaboração premiada.
“Isso aconteceu logo após minha libertação [em setembro de 2023]quando colaborei naquele período, onde não só ele como outros intermediários tentaram saber o que eu havia dito”, disse Cid em depoimento à PF.
“Fiz contato com meu pai, eles tentaram ver o que eu tinha, se eu realmente tinha colaborado, porque a imprensa estava falando muita coisa, ele não era oficial, e tentando entender o que eu tinha falado. meu pai em resposta, que é a terceira, disse “não, o Cid disse que não era”.
A Polícia Federal também apreendeu um documento na sede do PL em fevereiro, sobre uma mesa usada pelo coronel Peregrino, com perguntas e respostas sobre a acusação. Segundo os investigadores, esses elementos indicam uma tentativa de Braga Netto e Peregrino de obter detalhes confidenciais sobre o acordo de colaboração de Mauro Cid.
Braga Netto
A PF diz ainda que Braga Netto foi quem “obteve e entregou os recursos necessários” para a execução do plano de assassinato de Lula (PT), Geraldo Alckmin (PSB) e Moraes.
A afirmação foi feita depois de Mauro Cid ter detalhado, em depoimento, que o general entregou dinheiro, guardado num saco de vinho, ao tenente-coronel Rafael de Oliveira – indiciado por ser um dos executores do plano Punhal Verde e Amarelo, do general Mário Fernandes, que foi acionado em 15 de dezembro de 2022 para matar ou prender Alexandre de Moraes.
O plano acabou sendo abortado, já com os militares em posição, sob orientação de um dos líderes do grupo. A PF ainda tenta confirmar a identidade de 5 dos 6 integrantes da conspiração.
A operação contra o general estava marcada para acontecer na quinta-feira (12/12). Braga Netto, porém, estava com a família em viagem de férias para Alagoas, com retorno previsto para o final da tarde. A PF decidiu prender o general da reserva no sábado, quando ele já estava de volta à casa que mantém em Copacabana.
Exército
Em nota, o Exército afirmou que segue as diligências determinadas pelo Tribunal e colabora com as investigações em andamento. “A Força não comenta processos conduzidos por outros órgãos, procedimento que tem norteado a relação respeitosa entre o Exército Brasileiro e as demais instituições da República”, completa o texto.
Braga Netto foi ministro da Casa Civil e da Defesa na gestão Bolsonaro e só saiu do governo para ingressar no PL e formar, como vice-presidente, a chapa presidencial na campanha à reeleição.
Ele fazia parte do círculo mais próximo de Bolsonaro e, segundo a PF, atuou em dois grupos do grupo suspeito de trama golpista.
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Segundo as investigações, ele teria participado do “Núcleo Responsável pela Incitação de Militares ao Golpe de Estado” e do “Núcleo de Oficiais de Alta Escalão com Influência e Apoio a Outros Núcleos”.
Entre os indiciados estão suspeitos de articular um plano para matar o então presidente eleito, Lula (PT), seu vice, Geraldo Alckmin (PSB), e Moraes em 2022. Esse plano teria sido discutido na casa do general da reserva, em Brasília.
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