21/08/2024 – 19h05
Renato Araújo/Câmara dos Deputados
Cleber Verde, coordenador da Frente Parlamentar Mista em Defesa dos Aposentados e Pensionistas
Representantes sindicais se reuniram na Câmara para pedir mudanças na Previdência que aumentem a renda dos aposentados. A mobilização foi organizada pela Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas e Idosos (Cobap) com apoio da Frente Parlamentar Mista em Defesa dos Aposentados e Pensionistas.
Além da Cobap, participaram representantes de diversos sindicatos de aposentados, como o sindicato nacional da categoria ligado à CUT (Sintapi). O representante na audiência, Guilherme Santos, afirma que os mais jovens, e toda a classe trabalhadora, precisam de se envolver na defesa do sistema de segurança social.
“O que queremos é participar sempre dos debates para não ficarmos de fora em uma possível nova reforma previdenciária e também recuperar o que perdemos na última reforma de 2019”, disse.
O representante do Sindicato dos Aposentados do Brasil, José Avelino Pereira, destaca a importância da união dos sindicatos no encontro. Ele defende o estabelecimento de uma data-base única para os aposentados.
“Essa unidade é importante para que possamos começar a convencer os deputados da importância [do tema]. Mesmo que haja reforma, podemos conseguir um equilíbrio no reajuste das pensões porque hoje a base da aposentadoria no Brasil está acima do salário mínimo e aí não dá para comprar remédio”, reclamou.
É o que defende o senador Paulo Paim (PT-RS) no Projeto de Lei 4434/08, que tramita na Câmara. Para ele, a contribuição para manutenção da Previdência deveria ser feita sobre o faturamento da empresa, e não sobre a folha de pagamento.
Segundo o coordenador da Frente Parlamentar Mista em Defesa dos Aposentados e Pensionistas, deputado Cleber Verde (MDB-MA), a proposta recupera as perdas dos aposentados ao longo dos anos ao modificar o índice de correção previdenciária. Esta proposição defende a adoção de um índice próprio em vez de utilizar o salário mínimo como índice.
“Nos últimos anos houve um acúmulo de prejuízos para os aposentados, que não tiveram suas correções de aposentadorias e pensões com base no processo inflacionário. Ou seja: o pão, o açúcar, a manteiga, o petróleo, a cesta básica valorizam-se, os remédios têm inflação acima das expectativas de correção previdenciária e, com isso, quem ganha um salário mínimo terá sua renda cada vez mais reduzida. poder de compra”, destacou.
Reportagem – Luiz Cláudio Canuto
Edição – Ana Chalub
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