Setor de turismo questiona dados da Receita relativos a programa de retomada do setor de eventos – Notícias

Setor de turismo questiona dados da Receita relativos a programa de retomada do setor de eventos – Notícias


12/11/2024 – 20h09

Renato Araújo/Câmara dos Deputados

Bibo Nunes foi quem solicitou o debate

Em audiência na Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (11), representantes da área de turismo e eventos contestaram dados publicados pela Receita Federal sobre o Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse). No mês passado, a Receita Federal anunciou que o governo federal já concedeu mais de R$ 15 bilhões em renúncias fiscais ao setor somente neste ano.

A versão atual da lei que instituiu o Perse, aprovada em maio pelo Congresso, concede R$ 15 bilhões em desoneração tributária para o setor de turismo e eventos, e determina que o programa terá duração até dezembro de 2026. Com o relatório fiscal, porém, o auxílio federal será liberado. teria que terminar este ano, pois o teto do benefício já teria sido atingido.

Os participantes no debate sustentam, no entanto, que os dados não foram divulgados corretamente. Segundo o presidente da Associação Brasileira das Operadoras de Turismo, Fabiano Camargo, a Perse consumiu apenas cerca de 30% dos recursos.

“Não estou dizendo que os dados apresentados estejam errados, estou dizendo que a forma como foram apresentados não retrata a essência do projeto, os R$ 15 bilhões”, argumentou.

Segundo o presidente da Associação Brasileira de Promotores de Eventos (Abrape), Doreni Caramori Júnior, o relatório da Receita Federal mostra que mais de 90 atividades econômicas foram beneficiadas pelo Perse. Por lei, porém, apenas 30 setores poderiam receber os benefícios do programa.

Período contestado
Doreni Júnior e os demais participantes da audiência reclamaram que o período constante do relatório do governo também está incorreto.

A lei, segundo eles, determina que o prazo comece a partir de 3 de junho, mas o documento da Receita conteria dados a partir de abril.

Pandemia
O Programa de Retomada Emergencial do Setor de Eventos foi originalmente aprovado pelo Congresso em 2021 para ajudar as empresas do setor a se recuperarem dos prejuízos sofridos com a pandemia da Covid-19.

Por lei, 30 atividades econômicas podem receber isenção de tributos federais, como PIS/Pasep, Cofins e imposto de renda, por cinco anos, até 2026.

No início deste ano, o programa passou por reformulação, quando foi estabelecido um valor máximo de R$ 15 bilhões para a concessão de isenções fiscais e condições para que as empresas tenham direito ao incentivo.

Perdas de R$ 49 milhões
Segundo participantes da audiência pública, o setor de turismo e eventos foi o mais afetado pela pandemia. As perdas estimadas chegam a R$ 49 bilhões.

O representante dos promotores do evento, Doreni Júnior, disse que a Perse foi fundamental para a recuperação do setor. Segundo ele, nos últimos dois anos e meio o turismo criou 800 mil empregos directos e foi o maior gerador de vagas de emprego durante 8 trimestres consecutivos.

“O resultado da política pública de Perse sobre o desempenho da economia é inequívoco. O Brasil concede, anualmente, mais de meio trilhão de reais em benefícios fiscais.”

“Perse, que segundo o setor não custa mais que R$ 7 bilhões por ano, mas, mesmo que custe os R$ 15 bilhões que a Receita Federal diz que custa, é o maior gerador de novas vagas de emprego”, comparou. “Se há necessidade de rever os benefícios fiscais, não deveríamos olhar para todos os outros benefícios fiscais que não apresentam resultados satisfatórios como o Perse?”, questionou.

A audiência pública foi realizada pela Comissão de Turismo a pedido do deputado Bibo Nunes (PL-RS).

Reportagem -Maria Neves
Edição – Natalia Doederlein



empréstimo auxílio brasil picpay

emprestimo consignado do inss

empréstimo consignado inss

emprestimo aposentados

simulação picpay

créditos consignados

empréstimos consignados do inss

emprestimo para inss

empréstimo do inss