Senado aprova nova renegociação da dívida dos estados com a União

Senado aprova nova renegociação da dívida dos estados com a União



O Senado aprovou nesta quarta-feira (14/8), por 70 votos a dois, em turno único, o Projeto de Lei Complementar (PLP) 121/2024 que cria o Programa de Pagamento Integral das Dívidas do Estado (Propag) que altera os termos do dívidas dos estados e do Distrito Federal com a União.

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Pela proposta, os estados terão 30 anos para pagar a dívida, com condições especiais nos primeiros cinco anos, e poderão utilizar parte dos juros a serem pagos à União para investimentos em infraestrutura, educação e segurança pública. Também poderão entregar ativos (estatais, imóveis, ações e créditos a receber) para dedução de parte dos juros, limitados ao teto de 3% do indexador que será mantido à atual taxa de juros de 4% mais o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo). ), caso a União tenha interesse em recebê-los.

Para compensar quem não está endividado, o projeto destina o restante 1% dos juros ao Fundo de Equalização dos Estados a ser formado com 1% dos juros, cujos recursos serão distribuídos entre os estados para investimentos em obras, segurança pública e principalmente a educação, onde deverão ser aplicados 60% desses valores.

Agilidade

A proposta ainda precisa ser votada na Câmara dos Deputados e caso seja alterada terá que retornar ao Senado. Se aprovado, o PLP beneficiará Minas Gerais e livrará o estado, um dos mais endividados da União, de ter que aderir ao atual Regime de Recuperação Fiscal (RRF).

A dívida do estado com a União é estimada em R$ 165 bilhões e o governo tem até 28 de agosto, prazo dado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para que Minas Gerais retome o pagamento das dívidas, suspensas desde 2018 por decisão liminar.

O PLP foi articulado inicialmente pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), em conjunto com o presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), Luiz Tadeu Martins Leite (MDB), para impedir a adesão do estado ao RRF que cria regras rígidas, como congelar investimentos e aumentos de funcionários públicos e determinar a venda de empresas estatais. O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), acompanhou a votação no plenário do Senado.

Pacheco comemorou a aprovação da proposta que, segundo ele, resolverá o “maior problema federativo que o Brasil tem”. Segundo ele, a aprovação permitirá a solução “de uma vez por todas” da questão da dívida do Estado”. “Ao contrário do regime de recuperação fiscal que, no final das contas, é uma ilusão de solução e não uma solução eficaz”, argumentou Pacheco, que agradeceu ao governo federal “por entender que essa solução precisaria de fato ser dada na forma como está sendo pensado hoje no plenário do Senado Federal”.

Pacheco pediu ainda à Câmara dos Deputados que trate do PLP “obviamente com respeito a outros assuntos que aí existem, mas com a devida prioridade porque é de facto um problema nacional muito importante a ser resolvido”. “Confiamos, portanto, à Câmara dos Deputados, na iminência de aprovação, esta missão agora para que este projeto seja aprovado e levado à sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva”, defendeu Pacheco.

Porta de saída

O relator do PLP, que recebeu 72 emendas, foi o senador Davi Alcomlubre (União-AP). Segundo ele, a proposta é uma “porta de saída para os estados que estão efetivamente no RRF e não conseguem quitar suas dívidas e para os que estão de fora mas têm dívidas contraídas com o governo federal”. Além disso, destaca o relator, a proposta também inclui inadimplentes que receberão parte dos juros, por meio do fundo, para investir em seus estados.

“O que seriam os juros da dívida, que não ia a lado nenhum, será transformado em investimento direto em infraestrutura, educação e segurança”, afirmou. O relator aproveitou para agradecer a Pacheco, ao governo federal e aos governadores de todos os estados, mesmo os não endividados, pela “construção política e constitucional” da proposta.

As dívidas dos estados com a União somam hoje mais de R$ 765 bilhões, a maioria, em torno de 90%, diz respeito aos estados de Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.

Análise

A aprovação foi criticada pelo senador Oriovisto Guimarães (Podemos-PR). Para ele, o projeto foi realizado de forma assimétrica, trazendo benefícios apenas para alguns estados e prejuízos para a União e a sociedade. “E, sendo uma perda para a União, é uma perda para todos os brasileiros que apoiam a União com seus impostos. Só por isso, acho que esse projeto deveria parar e ser pensado com mais calma, ser discutido em comissões”, defendeu.



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