13/08/2024 – 14h02
Vinicius Loures/Câmara dos Deputados
António Brito: ideia é melhorar as transferências e melhorar a gestão
As Santas Casas defenderam nesta terça-feira (13), na Câmara dos Deputados, a aprovação de proposta que cria conta corrente específica para transferências federais e emendas parlamentares para pagamento de prestadores privados de saúde.
O Projeto de Lei Complementar (PLP) 57/22 deverá ser analisado esta noite pelo Plenário da Câmara, disse o deputado Antonio Brito (PSD-BA), autor da proposta, durante seminário promovido pela Frente Parlamentar de Apoio às Santas Casas. Para virar lei, o texto também precisa ser aprovado pelo Senado.
“O presidente Arthur Lira (PP-AL) e os dirigentes já concordaram”, disse Brito, presidente da frente parlamentar. “O projeto passou por três comissões e está pronto para discussão. Precisamos que a vontade dos parlamentares seja respeitada”, continuou.
O presidente da Confederação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas (CMB), Mirocles Véras, explicou que, pela regra atual, atualmente os recursos da emenda são repassados para fundos municipais e estaduais.
Vinicius Loures/Câmara dos Deputados
Mirocles Véras: hoje os recursos não chegam aos reais destinatários das emendas
Assim, em alguns casos, os recursos acabam não chegando aos reais destinatários das alterações. “Com a mudança, caso o prefeito não queira repassar o dinheiro para a Santa Casa escolhida pelo parlamentar, terá que devolver o valor à União”, completou.
Mudança na lei
Para criar a conta corrente, o PLP 57/22 altera o Lei Complementar 141/12. Essa norma trata, entre outros pontos, dos valores mínimos anuais a serem aplicados à saúde pela União, pelos estados, pelo Distrito Federal e pelos municípios.
“A ideia é melhorar o repasse de recursos aos entes federativos, promover a transparência e melhorar a gestão”, comentou Antonio Brito. Segundo ele, hoje quase 3 mil entidades filantrópicas atuam no Sistema Único de Saúde (SUS).
Ajuste à mesa
Durante o seminário, a CMB também exigiu a garantia de dotações orçamentárias para cumprir o Lei 14.820/24. Essa norma determina a revisão anual dos valores de remuneração dos serviços prestados ao SUS pela rede complementar.
“O reajuste que acontece no orçamento do Ministério da Saúde, ou pelo menos a inflação, deveria naturalmente ser repassado aos nossos contratos, através desta lei”, explicou Mirocles Veras. “Estamos aguardando uma portaria”, continuou ele.
Segundo a CMB, suas 19 federações estaduais e mais de 1.800 instituições sem fins lucrativos representam atualmente mais da metade do total de serviços do SUS. De hoje até quinta-feira (15), em Brasília, a entidade realizará seu congresso anual.
Relatório – Ralph Machado
Montagem – Marcelo Oliveira
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