22/10/2024 – 12h41
Antônio Cruz/Agência Brasil
O STF suspendeu a execução de emendas de parlamentares
O relator geral do Orçamento, senador Ângelo Coronel (PSD-BA), afirmou que o projeto de lei que definirá as regras sobre emendas parlamentares atenderá a todas as questões levantadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a destinação desses recursos.
Ele se reuniu nesta terça-feira (22) com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), para discutir a proposta. O senador também deverá se reunir hoje com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
“Avançamos nas determinações e questões de [ministro do STF] Flávio Dino, como rastreabilidade e transparência. Aumentaremos ao máximo a transparência, para que o STF e a sociedade possam verificar a destinação desses recursos”, afirmou Coronel. “O PLP responderá 100% ao ministro Flávio Dino”, garantiu.
Lembre-se do caso
Em agosto, o ministro Flávio Dino suspendeu a execução de emendas obrigatórias apresentadas por deputados federais e senadores ao Orçamento da União. Na decisão, Dino defendeu que os parlamentares estabeleçam parâmetros que garantam mais transparência na liberação dos recursos.
Emendas obrigatórias são aquelas que o governo é obrigado a executar.
Segundo o senador, o projeto com as novas regras será protocolado na próxima semana e votado na primeira quinzena de novembro.
Segundo o relator, a expectativa é que o projeto não encontre resistências de Dino. “É um projeto em que dois poderes do governo (Executivo e Legislativo) têm acordo. Então, se o ministro vê que há um acordo, não há porque ser contra”, disse o senador.
Emendas do comitê
Ângelo Coronel antecipou alguns pontos do projeto. As emendas da comissão, por exemplo, serão distribuídas por partido na comissão, seguindo o critério da proporcionalidade partidária. A submissão de recursos constará de ata e será publicada nos portais de transparência.
Alterações do PIX
Sobre as chamadas “emendas pix”, as emendas parlamentares de transferência especial, o relator explicou que, assim que o deputado ou senador destinar o recurso ao município, o ministério responsável pelo envio do dinheiro comunicará à câmara do vereador informando o valor e para quais obras os recursos serão utilizados.
O ministério também deverá informar os Tribunais de Contas para fiscalização.
“Geralmente, o prefeito pede ao seu parlamentar recursos para construir um hospital, uma creche ou para pavimentar uma estrada”, explicou o senador. “O parlamentar faz o pedido ao ministério e, a partir daí, quando esse recurso chegar, lá será um ofício do ministério, que ficará no portal de transparência da União e da prefeitura”, detalhou o relator.
Reportagem – Luiz Gustavo Xavier
Edição – Natalia Doederlein
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