Reajuste do servidor: imbróglio continua por, no mínimo, dois dias na ALMG

Reajuste do servidor: imbróglio continua por, no mínimo, dois dias na ALMG



A novela dos reajustes salariais dos servidores mineiros teve um longo capítulo ao longo desta terça-feira (6/4). Em um dia que começou com Romeu Zema (Novo) recuando em sua proposta inicial e aumentando um ponto percentual para chegar à correção de 4,62% ​​nos salários do funcionalismo público, a tramitação do Projeto de Lei (PL) na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) garantiu pelo menos mais dois dias de batalhas entre a situação e a oposição na Câmara, que se acostumou com corredores lotados e protestos nas últimas quatro semanas. Nesta quarta-feira (6/5), o projeto será apreciado pela Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária (FFO) e deverá ser votado em segundo turno na quinta-feira (6/6).

No início da manhã, o Governo de Minas divulgou um vídeo em que Zema aparece ao lado da secretária de Planejamento e Gestão, Luísa Barreto (Novo), anunciando que o Executivo, após ouvir as reivindicações dos servidores e da Assembleia, concordou em conceder a recomposição das perdas inflacionárias de 4,62%, em relação a 2023. O aumento de um ponto percentual na proposta ainda a deixa longe dos 10,67% reivindicados por servidores públicos e parlamentares da oposição, mas teve impacto na votação que ocorreu horas mais tarde, no plenário da Assembleia.

O Projeto de Lei 2309/2024 chegou ao plenário em primeiro turno na última quarta-feira (29/5). Na ocasião, seis emendas foram destacadas para votação em separado, uma delas autorizando o Executivo a conceder reajuste de 10,67% aos servidores, percentual relativo ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2022 e 2023, período em que não, houve recuperação salarial.

Os parlamentares aprovaram o texto principal do projeto, que previa reajuste de 3,62%, por unanimidade. Porém, logo após a votação, representantes da base abandonaram o plenário e fizeram com que a reunião fosse suspensa por falta de quórum mínimo. Com o movimento, a decisão sobre um possível aumento do percentual foi tomada nesta semana.

No início da tarde desta terça-feira, no plenário, foram votadas as seis emendas destacadas, e todas foram derrotadas. As pontuações foram apertadas, com destaque para os dois aditivos que trataram da recomposição inflacionária de 2022 e 2023 para os servidores. A emenda nº 17, que autorizava Zema a dar 10,67% a todos os servidores públicos, foi rejeitada por 34 a 30. A emenda nº 57, que aplicava o percentual apenas às forças de segurança, caiu com 33 votos contra e 32 a favor.

As rejeições aconteceram diante de galerias lotadas de servidores protestando no plenário da Assembleia. Com o fim da tramitação no primeiro turno, o PL 2309/2024 ainda precisa passar pela Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária (FFO) antes de ir para votação no segundo turno.

FFO

Após a derrubada das seis alterações destacadas no plenário, o projeto poderá ser apreciado no FFO marcado para as 16h30. Com outros PLs em pauta, o 2309/2024 só começou a ser discutido cerca de uma hora e meia depois. Na época, a base governamental utilizou um expediente previsto na regulamentação da Câmara para agilizar a tramitação do projeto.

Com a possibilidade de pedido de revisão que adiaria a comissão em 24 horas, o relator do projeto, Zé Guilherme (PP), distribuiu seu parecer separado, que impede a manobra e determina que a proposta retorne ao FFO com intervalo mínimo de seis horas. Com isso, o PL 2309/2024 retornará para votação do parecer e apresentação de emendas na comissão marcada para as 10h30 desta quarta-feira.

No FFO desta quarta será discutido o relatório de Zé Guilherme, que incluiu em seu texto a nova proposta do Executivo, concedendo reajuste de 4,62%. Também será considerada a emenda apresentada pela oposição que acrescenta 5,79% à medida de Zema. O percentual é relativo às perdas inflacionárias de 2022. Na prática, os parlamentares voltaram a colocar na mesa a correção de 10,67%.

Além da tentativa de aumento, a oposição voltará a propor que o valor do reajuste retroativo a janeiro seja pago aos empregados em parcela única. Esse foi o teor de uma das emendas derrotadas no plenário desta terça. No novo texto, também está previsto que o pagamento único ocorra em até 30 dias após a sanção do projeto.

Caso as propostas de emenda da oposição sejam rejeitadas no FFO, como ocorreu nas três comissões que antecederam o primeiro turno, os textos poderão ser apresentados novamente em plenário e votados separadamente no segundo turno. A votação final do reajuste está marcada para a próxima quinta-feira.

Situação e oposição num duelo de narrativas

Assim como após o movimento de esvaziamento do plenário na semana passada, a oposição classificou a sessão desta terça como uma derrota para Zema. Mesmo com a rejeição das seis emendas destacadas, o placar apertado na votação foi visto como um indício de uma possível vitória no segundo turno. Os parlamentares levam em conta que a base declara ter 57 nomes contra 20 contra Zema e comparam os números com a votação de hoje.

“O governo Zema sofreu uma derrota no plenário. Ele não tem maioria na Assembleia Legislativa. Primeiro, porque teve que fazer um movimento para convencer parte da sua base a votar a favor do projeto e não a favor das emendas. Então, o movimento dele é um recuo. Mas, em segundo lugar, se nos somarmos aos que não votaram contra as emendas, o governo não teve a maioria da Casa Legislativa no plenário de hoje. Penso que esta é uma mensagem importante para o governo: incapacidade; a tentativa de virar sempre a população contra o parlamento e contra os funcionários públicos; essa coisa de negar a política; e esse autoritarismo de não dialogar rendeu resposta. Espero que ele seja inteligente o suficiente para entender o que aconteceu aqui”, disse Beatriz Cerqueira (PT) em entrevista após a votação.

O líder do governo na Assembleia, João Magalhães (MDB), evitou definir resultado após a votação no primeiro turno. O parlamentar disse que a exigência de recuperação salarial tendo como base as inflações de 2022 e 2023 é legítima, mas que o Executivo atingiu seu limite orçamentário.

“Não foi vitória nem derrota, isso é um debate, é legítimo. Nós, que estamos no parlamento, estamos sujeitos a estas nuances. Tivemos alguma dificuldade com alguns deputados ligados às forças de segurança, e o placar ficou um pouco apertado, mas isso era esperado dada a situação da semana anterior. […] Penso que, com este novo índice de 4,62%, será muito mais fácil trabalhar no plenário e na Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamental”, afirmou Magalhães.



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