Quem é o marqueteiro que virou ‘dono’ da campanha de Ricardo Nunes

Quem é o marqueteiro que virou ‘dono’ da campanha de Ricardo Nunes



SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Em conversas com colegas de trabalho e políticos, Duda Lima, 51 anos, marqueteira do Ricardo Nunes (MDB)costuma se definir como “especialista em derrotar petistas”. Isto serve como um auto-elogio e um troféu exibido aos candidatos, mas é também uma barreira num mercado não habituado a restrições ideológicas.

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A lista de profissionais de marketing que passam das campanhas da direita para a esquerda e vice-versa é extensa.

Responsável pela publicidade Guilherme Boulos (PSOL)O publicitário Lula Guimarães, por exemplo, trabalhou com João Doria em 2016, que venceu o então prefeito petista Fernando Haddad no primeiro turno de 2016, e com Geraldo Alckmin, ainda tucano em 2018.

Duda Lima, por enquanto, só tem campanhas de adversários de esquerda, seja de centro ou de direita. Aqueles que trabalharam com ele ou foram seus oponentes nas eleições veem isso mais como uma coincidência do destino do que como uma lealdade ideológica.

O profissional ganhou destaque na campanha deste ano ao levar um soco de Nahuel Medina, assessor de Pablo Marçal (PRTB), ao final do debate do Flow, no primeiro turno. Antes, já havia ascendido internamente como estrategista na campanha à prefeitura de São Paulo.

Workaholic, focado, competitivo, ágil e lutador como um leão são definições dadas ao relatório por quem trabalhou com ele. A última referência é dita em tom de elogio. Procurada, a campanha de Nunes afirmou que o marqueteiro não dará entrevistas até o final das eleições.

Quase tudo que envolve o candidato à reeleição, desde as roupas que ele veste até o que diz em programas de rádio e TV, passa por Duda Lima. Foi dele, por exemplo, a ideia de apresentar o empresário e político do MDB como uma “criação da periferia”.

Com Nunes, o marqueteiro tenta vencer em São Paulo após fracassar na tentativa de reeleger Jair Bolsonaro (PL). Há dois anos, ele era um estranho no ninho bolsonarista. Homem de confiança de Valdemar da Costa Neto (PL), ele cuidava da produção do calendário eleitoral do então presidente e teve confrontos com seus auxiliares diretos e, principalmente, com Carlos Bolsonaro, responsável pelas redes sociais de seu pai.

Como costuma acontecer em campanhas derrotadas, os dois polos – no caso, os bolsonaristas e os aliados de Valdemar – afirmam ter certeza de que o outro é o culpado pelo fracasso.

Aliados do ex-presidente dizem que foi um erro do marqueteiro na fiscalização que levou à denúncia infundada de que emissoras de rádio do Nordeste pararam de veicular propagandas de campanha. O caso foi levado ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral), que rejeitou a abertura de inquérito alegando falta de provas na denúncia. Reportagem da Folha de S.Paulo mostrou que o relatório apresentava fragilidades que impediam conclusões.

Na campanha de 2022, Duda Lima teve a missão de tentar suavizar a imagem do então presidente, que acumulou ataques às instituições e discursos negacionistas durante a pandemia de Covid em seus quatro anos de mandato. O “mito”, como é chamado pelos seguidores nas redes sociais, virou o “capitão do povo”, num jingle repetido exaustivamente em horário eleitoral.

Equilibrar os ataques ao PT e a construção de uma imagem do candidato como homem do povo foi visto como uma perda de tempo pelo núcleo bolsonarista. Pregavam replicar na TV e no rádio o que se fazia nas redes sociais, o que não deixou de acontecer, na campanha marcada por exibir na propaganda eleitoral a virulência comum do debate político nas plataformas digitais.

Os confrontos e a derrota não abalaram a confiança de Valdemar em seu patrocinador. Os dois se conheceram na década de 1990, em Mogi das Cruzes. Farmacêutico de formação, o feirante vendia produtos ortomoleculares com o irmão quando foi chamado para trabalhar com o político.

O relacionamento gerou trabalho e receitas milionárias para as empresas de Duda Lima, responsável pela divulgação do PL, sigla que acumulará R$ 950 milhões do fundo eleitoral em 2024. A campanha de Nunes declarou, até sexta-feira (18), pagamentos de R$ 4 milhões para a empresa do marqueteiro, que recebeu mais R$ 2 milhões pelo trabalho no ABC, segundo o site do TSE.

As cidades do entorno da capital paulista foram onde conquistou suas primeiras vitórias eleitorais e sua fama como adversário do PT. “Ele conseguiu esse selo antiesquerda aqui. Ele mesmo me disse isso”, afirma o prefeito de São Bernardo do Campo, Orlando Morando (PSDB).

Em 2016, Duda Lima trabalhou com o tucano na campanha que tirou o PT da prefeitura da cidade onde o presidente Lula iniciou a carreira política. No mesmo ano, dirigiu a campanha vitoriosa de Paulo Serra (PSDB), em Santo André.

Anteriormente, acumulou derrotas com Celso Russomanno, em São Paulo, e sua maior conquista até então foi a campanha de Tiririca, eleito deputado federal pelo PL, em 2010, com o slogan “não vai piorar”. O palhaço obteve 1,3 milhão de votos e beneficiou diretamente candidatos de uma coligação entre os aliados PT, PSB e PC do B.

Ironicamente, o sucesso de Tiririca e de seu marqueteiro ajudou a eleger o petista Vanderlei Siraque (PT) e o comunista Delegado Protógenes (PC do B) para a Câmara dos Deputados. Os dois só garantiram vaga por meio do quociente eleitoral, regra que atribui vagas aos eleitos pelo voto conjunto dos partidos da coligação.

* Colaborou com Carlos Petrocilo



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