24/09/2024 – 16:29
Mário Agra/Câmara dos Deputados
Amom Mandel: investir na prevenção salva vidas
O Projeto de Lei 2.256/24 cria o Programa Nacional de Aprimoramento dos Sistemas de Alerta Meteorológico, para desenvolver e integrar tecnologias voltadas à previsão e monitoramento de eventos climáticos extremos.
Segundo o texto, em análise na Câmara dos Deputados, os objetivos do programa serão:
- aumentar a precisão das previsões meteorológicas;
- antecipar tempos de resposta a avisos de eventos climáticos extremos;
- expandir a cobertura geográfica dos sistemas de alerta; e
- integrar sistemas de alerta meteorológico com a Defesa Civil dos entes federais.
A iniciativa deve ser financiada por dotações orçamentais específicas da União, além de parcerias público-privadas e cooperação internacional. Entre outras medidas, esses recursos serão utilizados para implementar ações estratégicas como:
- investimento em tecnologias de detecção remota, incluindo satélites meteorológicos;
- desenvolvimento de modelos computacionais avançados para simulação de eventos climáticos; e
- formação técnica contínua de profissionais envolvidos em meteorologia e gestão de desastres naturais.
Pela proposta, o programa será coordenado pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), em parceria com o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) e outras instituições.
O Inmet deverá publicar anualmente um relatório sobre os avanços tecnológicos alcançados, as melhorias na precisão das previsões e na eficácia dos alertas emitidos.
O programa será avaliado a cada cinco anos por uma comissão independente composta por especialistas em meteorologia, defesa civil e gestão de riscos, a fim de garantir a continuidade e o aprimoramento das tecnologias e práticas adotadas.
“O Banco Mundial estimou que cada dólar investido na prevenção de desastres pode gerar até quatro dólares em benefícios econômicos, além de salvar vidas”, argumentou o autor da proposta, deputado Amom Mandel (Cidadania-AM).
Próximas etapas
O projeto está em andamento em caráter conclusivo e será analisado pelos comitês de Desenvolvimento Urbano; Integração Nacional e Desenvolvimento Regional; Finanças e Fiscalidade; e Constituição e Justiça e Cidadania.
Para virar lei, a proposta precisará ser aprovada pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal.
Da Reportagem/RM
Montagem – Marcelo Oliveira
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