25/06/2024 – 13h14
Bruno Spada/Câmara dos Deputados
Benes Leocádio, autor do projeto
O Projeto de Lei 998/24 define regras para incentivar a reutilização, a reciclagem e o descarte ambientalmente adequado de painéis fotovoltaicos. A proposta está sendo analisada pela Câmara dos Deputados.
O texto cria a Política de Incentivo ao Desenvolvimento da Logística Reversa de Painéis Fotovoltaicos, que prevê recursos, linhas de crédito, sistemas de certificação e incentivos fiscais específicos para pesquisa, inovação tecnológica e implantação de processos.
Entre os objetivos da política, entre outros:
- ampliar a reciclagem de painéis fotovoltaicos;
- reduzir os impactos ambientais destes produtos;
- promover tecnologias de reciclagem mais eficientes, seguras e económicas; Isso é
- definir padrões claros sobre responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos painéis fotovoltaicos, abrangendo fabricantes, importadores, distribuidores, comerciantes, consumidores e titulares de serviços públicos de limpeza urbana.
O projeto estabelece que caberá à administração pública a edição de normas e regulamentos complementares, incluindo critérios de elegibilidade e formas de acesso a linhas de financiamento e benefícios fiscais e financeiros.
Crescimento do setor
O autor, deputado Benes Leocádio (União-RN), afirma que o Brasil tem visto um crescimento vertiginoso no setor de energia solar, cuja participação na matriz elétrica passou de 11,6% para 17% em apenas um ano, segundo dados da Associação Brasileira Empresa de Energia Solar Fotovoltaica.
“A destinação final dos painéis é uma potencial fonte de problemas devido ao volume de resíduos que serão gerados nos próximos anos, especialmente pela ausência, no Brasil, de uma cadeia eficiente de reaproveitamento e reciclagem”, afirma o deputado.
“O problema é ainda mais notável pela presença de elementos perigosos nos componentes dos painéis fotovoltaicos, como o seleneto de hidrogênio”, alerta o parlamentar.
Próximos passos
O projeto será analisado em caráter conclusivo, pelas comissões de Minas e Energia; de Desenvolvimento Urbano; de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável; Finanças e Fiscalidade; e Constituição e Justiça e Cidadania. Para virar lei, a proposta também precisa ser aprovada pelo Senado.
Reportagem – Murilo Souza
Edição – Natalia Doederlein
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