Prefeito bolsonarista sugere guilhotina para Alexandre de Moraes

O prefeito de Farroupilha, no Rio Grande do Sul, Fabiano Feltrin (PL) aparece em vídeo ao lado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) sugerindo que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, seja guilhotinado . Enquanto os apoiantes em redor riem, o antigo chefe do executivo não reage e continua a caminhar.

Lembre-se do prefeito de Farroupilha que tentou montar @pimenta13br durante as cheias, mas foi desmascarado? Agora, ao lado de Jair Bolsonaro, disse que o ministro @alexandre de Moraes teria que ser colocado “na guilhotina”. A política bolsonarista é apenas isso: violência e… pic.twitter.com/rLgNIgwKTC

-Laura Sito (@laurasito) 25 de julho de 2024

Bolsonaro e o prefeito visitaram nesta quinta-feira (25/07) o complexo turístico Stone Hall da cidade, onde foi homenageado com uma placa. Desde esta quarta-feira (24/7), o ex-presidente vem realizando uma série de agendas no interior do Rio Grande do Sul visando promover candidatos de extrema direita na região.

Feltrin, que é cantor cover de Elvis Presley, ficou conhecido ao gravar e divulgar uma conversa com o ministro Paulo Pimenta (PT-RS), no período em que o estado foi atingido por fortes chuvas e enchentes, no vídeo que ele afirma estar recebendo poucos recursos do governo federal. Ele pergunta o que a prefeitura fará com os R$ 300 mil, ao que o petista diz que o valor será usado em dois ou três dias, até que a prefeitura entre no plano de trabalho.

“Fiz questão de ligar para ele, por gentileza, para saber se ele tinha alguma pendência, como estou fazendo com todos os prefeitos”, respondeu Pimenta na época das imagens.

Ainda em eventos na Serra Gaúcha, Bolsonaro afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a Polícia Federal (PF) o impedem de ter acesso a carros blindados, seguranças particulares e porte de armas. “Pela presidência eu tinha direito a dois carros. Lula pessoalmente tirou de mim os dois blindados”, disse o político.

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A Lei 6.381/2008 determina que, ao final do mandato, os ex-presidentes tenham direito a dois veículos oficiais com motorista, sem qualquer especificação de serem blindados. Além de direito a quatro servidores para segurança e suporte pessoal. A legislação anterior que tratava do tema, de 1994, também não previa a utilização de veículos blindados por ex-presidentes.

Bolsonaro também reclamou que a PF não renovou a licença de porte de arma do vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro. No pedido, o filho 02, listado pelo pai, alegou estar sob constante ameaça por ser filho do ex-presidente e apresentou três boletins de ocorrência para comprovar isso. No entanto, o juiz considerou o argumento de Carlos Bolsonaro com base no dispositivo da lei 10.826/2003, que trata da aquisição de armas e não da posse e que cabe ao requerente comprovar a necessidade.