Por que Lula e o PT insistem no Chavismo e na defe…

Por que Lula e o PT insistem no Chavismo e na defe…



O sujeito Venezuela É um calo apertado no seu sapato Governo Lula, que aparentemente não quer tratar o problema. Pelo contrário, ela parece fazer questão de mantê-lo. O que é mais intrigante é por que trazer esse desgaste para você?

No dia das eleições no país vizinho, cujo legado chavista, há 14 anos liderado por Nicolás Maduroparece estar ameaçado, vale a pena percorrer a história do Lula É de PT com o regime venezuelano para entender um pouco como chegamos até aqui.

Muitas vezes Lula saiu em defesa de Hugo Chávez em governos anteriores. Para o PT e o presidente, o chavismo sempre se mostrou um gigante contra o “imperialismo norte-americano” e uma forma de combater a exploração do petróleo e das riquezas venezuelanas.

Até agora, em parte, poderíamos concordar que sim. Os Estados Unidos são especialistas em interferir nas questões de outras pessoas, especialmente quando se trata de defender a sua liderança e poder. E o petróleo venezuelano, sabemos, sempre foi de interesse estrangeiro e, obviamente, dos Estados Unidos.

É também um facto que Chávez, na altura, se levantou contra os Estados Unidos, defendendo os interesses nacionais e implementando políticas de erradicação da pobreza no seu governo. E, sim, para não ser injusto com a história, é fato que houve avanços em termos de programas de alfabetização e inclusão social.

Dito tudo isto, ficou claro que todo este processo estava envolto num populismo para além do anacrónico, cujo lema era o resgate de uma grande e heróica América Latina na qual a figura de Simón Bolívar reinaria em todo o lado. Estava tudo lá para quem quisesse ver e ouvir.

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Ou seja, foi dado, desde o início, que a Venezuela chavista era um sonho baseado no resgate de um passado que não era mais possível, mas que ecoou, e infelizmente ecoa, na esquerda brasileira, especialmente em grande parte da PT.

E o pior, claro, é que isso não só ecoou no coração da esquerda, mas também no pensamento do então deputado Jair Bolsonaro. Não esqueçamos que, em entrevista ao Estadão em 1999, resgatado às vésperas das eleições de 2018, Bolsonaro disse que Chávez era uma esperança para a América Latina… Havia quem quisesse ver que o projeto chavista tinha raízes autoritárias e seguiria o caminho que percorreu, longe de um verdadeiro processo democrático.

Porquê defender o chamado legado chavista e a permanência de Maduro no poder quando há provas robustas de que o regime não parece de todo aberto a uma verdadeira democracia?

Não esqueçamos o relatório da ONU liderado pela ex-presidente chilena Michelle Bachelet em 2019, que mostrou graves violações dos direitos humanos, como perseguições, mortes e exclusão de opositores ao regime de Maduro. A resposta à questão está neste pensamento anacrónico, por parte da esquerda, que insiste em resgatar um passado que, como dito, já não é possível recuperar.

É como se parte da esquerda brasileira ainda estivesse lá na década de 1960 à beira dos Estados Unidos e de suas articulações diante da “Aliança para o Progresso”. Como se o interlocutor ainda fosse Lincoln Gordon, o embaixador todo-poderoso que organizou o Golpe de 1964.

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E ao não sair desse lugar, de um passado mofado, você perde a chance de olhar para o futuro ou mesmo de colocar o passado no lugar onde ele, de fato, deveria estar na sua memória. Porque se Lula, influenciado por toda a articulação de Celso Amorim, ainda insiste em defender uma América Latina unida e grande, cheia de passado e esvaziada de futuro, o presidente esquece ou opta por esquecer a condenação do golpe, como fez quando ele completou 60 anos desse acontecimento horrível da nossa história, em março.

O PT e o presidente Lula, eleitos numa ampla frente em defesa da democracia e do sistema eleitoral brasileiro, perdem a oportunidade de sair em defesa do nosso sistema de votação, atacado por Maduro, líder de um regime amplamente condenado pela comunidade internacional por numerosos fracassos em eleições e referendos não transparentes.

Por fim, depois de ter passado por quatro anos sombrios sob a égide de um governo que desafiou a defesa dos direitos humanos e da liberdade de expressão, atacando e espionando jornalistas, o presidente Lula opta por não condenar um regime amplamente condenado por todas essas barbaridades vividas. Por aqui.

Lula, como democrata, deveria, tal como faz o presidente Boric do Chile, condenar o absurdo de um regime ditatorial na América Latina. Ele deveria fazê-lo não só porque é o presidente de um país democrático, que mostrou que é possível passar por uma tentativa de golpe e pela implementação do chavismo brasileiro, encoberto pela loucura de Bolsonaro. Mais do que isso, deveria fazê-lo por respeito à sua história e à memória de quem votou nele em 2022, para varrer aqui qualquer aventura autoritária. Ele deveria honrar sua história e dar o exemplo. Novamente, escolha não fazer isso.

*Rodrigo Vicente Silva é mestre e doutor em Ciência Política (UFPR-PR). Estudou História (PUC-PR) e Jornalismo (Cásper Líbero). É editor-adjunto da Revista de Sociologia e Política. Está vinculado ao grupo de pesquisa Representação e Legitimidade Democrática (INCT-ReDem). Contribua para a coluna semanalmente.



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