Para ONU, é necessário prevenir mudanças climáticas para amenizar deslocamentos internos – Notícias

Para ONU, é necessário prevenir mudanças climáticas para amenizar deslocamentos internos – Notícias


03/09/2024 – 09:03

Bruno Spada/Câmara dos Deputados

Reunião da Comissão Conjunta Permanente sobre Migração Internacional e Refugiados

A prevenção e a mitigação das mudanças climáticas são ações necessárias para amenizar os deslocamentos causados ​​por desastres naturais no Brasil, na opinião de representantes das Nações Unidas que participaram, nesta segunda-feira (2), de audiência na Comissão Mista Permanente sobre Migrações Internacionais e Refugiados do Congresso Nacional. A diretoria é presidida pelo deputado Túlio Gadêlha (Rede-PE).

A funcionária do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR Brasil) Silvia Sander afirmou que as pesquisas da entidade mostram uma correlação crescente entre os efeitos das mudanças climáticas e os fatores de deslocamento. Segundo ela, o número de vítimas continuará a crescer com casos associados ou agravados por acontecimentos decorrentes das alterações climáticas.

“Até ao final de 2023, 75% das pessoas deslocadas internamente estarão em países altamente vulneráveis ​​às alterações climáticas. De acordo com dados do Banco Mundial, até 2050, estima-se que mais de 17 milhões de pessoas serão deslocadas dentro dos seus próprios países em América Latina, devido a questões relacionadas às mudanças climáticas”, disse Silvia Sander.

Inundações no RS
O senador Paulo Paim (PT-RS) apontou as enchentes no Rio Grande do Sul no primeiro semestre como exemplo de um novo perfil da migração ocorrida no território nacional. Segundo o governo do Rio Grande do Sul, até o dia 20 de agosto foram quase R$ 2,4 milhões de afetados e 183 mortes.

“A maior catástrofe natural da história do país causará, pela primeira vez, deslocamentos internos em massa devido a efeitos relacionados com o clima”, disse Paim. “Ao longo dos anos, o deslocamento interno no Brasil foi motivado principalmente por fatores econômicos. Porém, as calamidades humanas e naturais assumiram a liderança desse processo”, avaliou.

Paim é autor do projeto de lei que cria a Política Nacional para Deslocados Internos, com o objetivo de garantir direitos – como não discriminação, saúde e liberdade de locomoção – dos residentes brasileiros que são obrigados a se deslocar devido a calamidade, violação de direitos humanos ou violência armada. A proposta precisa ser aprovada pelo Senado e depois pela Câmara.

Medidas conjuntas
A relatora especial das Nações Unidas para os direitos humanos dos deslocados internos, Paula Gaviria Betancur, defendeu que a resposta ao deslocamento deve incluir várias políticas públicas que abordem os seus factores subjacentes, como a mitigação das alterações climáticas; aumento da coesão social; e fortalecer os mecanismos locais de resolução de conflitos.

Na avaliação do consultor do Senado Tarciso Dal Maso Jardim, todas as unidades da Federação devem colaborar com medidas de retorno, realocação e reintegração de deslocados internos. “Quando há um movimento massivo de pessoas, o primeiro ponto de chegada muitas vezes não consegue cumprir o padrão mínimo de dignidade que essas pessoas merecem”, disse ele.

Famílias
A representante do Ministério da Justiça, Carolina Morishita Mota Ferreira, entende que a indemnização em dinheiro é insuficiente para reparar os danos causados ​​pelos acidentes. Para ela, as autoridades públicas devem fornecer uma ajuda ampla, como a reunificação rápida. “O mais automático é pensarmos em perder a residência, mas há uma perda de vínculo afetivo e de rede de apoio”, disse ela.

Ela citou o exemplo dos deslocamentos ocorridos em Maceió (AL) após 2018, devido ao afundamento do solo em bairros devido à exploração mineral de sal-gema. “As famílias não foram realocadas juntas. Elas ficaram espalhadas por diferentes bairros e, com isso, as mães que deixaram seus filhos com um vizinho, um familiar de confiança, precisariam se deslocar por uma cidade inteira para conseguir esse apoio. mulheres”, destacou.

A Política Nacional para Pessoas Deslocadas Internamente prevê que todas as pessoas deslocadas internamente têm o direito de saber o destino e o paradeiro dos seus familiares desaparecidos e que as autoridades devem fazer todos os esforços para localizar o destino dos desaparecidos e informar os familiares dos resultados das buscas. .

Do Editor – RL
Com informações da Agência Senado



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