OAB defende apuração de esquema de venda de senten…

OAB defende apuração de esquema de venda de senten…



O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Beto Simonetti, defendeu nesta sexta-feira, 4, uma investigação rigorosa do esquema de venda de decisões judiciais que envolve os gabinetes de quatro ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ). O caso, revelado na edição de VEJA que chega às bancas e plataformas digitais neste fim de semana, foi descoberto a partir de mensagens trocadas entre o advogado Roberto Zampieri, assassinado em Cuiabá (MT) em dezembro do ano passado, e o empresário Andreson Gonçalves, apontado como lobista e intermediário pelo contato da quadrilha com servidores que atuam nos gabinetes dos ministros do STJ Nancy Andrighi, Isabel Gallotti, Og Fernandes e Moura Ribeiro. Uma segunda investigação, também revelada por VEJA, mostra que a Justiça e a Polícia Federal investigam se a advogada Caroline Azeredo fazia parte de outro grupo que negociava sentenças com o gabinete de Andrighi. Tanto Andreson quanto Caroline negam qualquer envolvimento em atos ilícitos.

“A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) acompanha com preocupação as graves denúncias de comercialização de decisões por assessores de magistrados no âmbito do Superior Tribunal de Justiça (STJ). As ações ilícitas de qualquer integrante da Justiça violam a ética e não devem ser confundidas com o exercício da profissão”, afirmou Simonetti em nota.

“A OAB defende que os fatos sejam devidamente apurados, com respeito à ampla defesa, ao contraditório e às prerrogativas profissionais, como o sigilo das comunicações dos advogados no exercício da advocacia. A OAB acompanhará de perto as investigações para punir os responsáveis ​​e defender as prerrogativas dos colegas que exercem legitimamente a advocacia. Reiteramos a nossa confiança na autonomia e independência do Poder Judiciário para processar casos como o que está em discussão e manter a credibilidade do sistema de Justiça, que é um pilar do Estado Democrático de Direito”, acrescentou.

O tráfico revelado pelo celular de Roberto Zampieri mostra que uma decisão judicial negociada no STJ custou a partir de 50 mil reais. Fechadas a sete chaves, as investigações da Polícia Federal seguem em andamento, mas até o momento não encontraram indícios de que os magistrados tivessem conhecimento ou se beneficiassem financeiramente do esquema, que funcionava assim: minutas de votos de determinado ministro, chamadas de atas, eram produzida por assessores que integravam a quadrilha exatamente nos termos desejados pelo lobista e vazada antecipadamente para que Andreson cobrasse o pagamento pelas decisões ordenadas. De posse dos documentos, ele entraria em contato com Zampieri para informar quanto custaria a compra da encomenda e instruiria o advogado a recolher os valores. Algum tempo depois, caso a propina fosse paga, a decisão se concretizaria com a assinatura do ministro em questão, e o voto seria contabilizado no sistema de processo interno do tribunal. Caso a negociação não fosse adiante, a minuta era descartada para dar lugar a uma votação contrária aos interesses do cliente.

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A investigação que tem como alvo Caroline Azeredo e que corre paralelamente à investigação do caso Zampieri foi iniciada depois que um advogado entrou em contato com a Polícia Civil do Distrito Federal e denunciou Caroline, sua ex-mulher, como integrante de um grupo que trabalhava com funcionários do STJ para supostamente oferecem dinheiro em troca de veredictos favoráveis. Em julho, Rodrigo de Alencastro registrou boletim de ocorrência na 1ª Delegacia de Polícia, em Brasília, no qual afirmava ter ouvido uma conversa no celular, em modo viva-voz, em que ela afirmava ter obtido uma lista de casos de uma assessora de a ministra do STJ Nancy Andrighi para que o namorado “faça o mal” às partes.

A advogada Caroline Azeredo enviou a VEJA a seguinte nota:

“Sou advogado há 17 anos, atuando nos tribunais superiores de Brasília. Sempre pautei minha conduta pela ética e pela retidão na lei. Em todo esse tempo não houve nenhuma mácula em relação à minha conduta profissional.

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Quanto aos fatos narrados, serão devidamente apurados e esclarecidos no decorrer do inquérito policial, onde será demonstrado que se trata de uma pessoa de mesmo nome, que supostamente praticou a conduta narrada no incidente. Tem até outra advogada, também chamada Caroline, no caso do deputado, por isso acredito que houve muita confusão.

Continuo sustentando que não tenho qualquer relação com os fatos descritos no caderno investigativo. Os factos já foram devidamente esclarecidos junto do deputado citado neste caso, confirmando-se que não sou eu, mas sim a pessoa com o mesmo nome.

Por fim, em relação à conduta e registro do Boletim de Ocorrência do meu ex-marido Rodrigo, a investigação também demonstrará que o descumprimento dele com o fim do nosso relacionamento abusivo o levou a registrar fatos inverídicos sem qualquer prova, no caso de mera vingança pessoal e perseguição persistente como mulher. Essa denúncia do meu ex, usando o nome de um homônimo, é mais uma das inúmeras agressões que venho sofrendo, a ponto de a Justiça já ter concedido medida protetiva a meu favor.”



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