O onipresente | VEJA

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Diz-se em Brasília que só existem duas entidades onipresentes, capazes de estar em todos os lugares ao mesmo tempo: Deus e Gilberto Cassab.

Presidente do PSD, Kassab é, ao mesmo tempo, interlocutor do presidente Lula da Silva, assessor do governador Tarcísio de Freitas, adversário do ex-presidente Jair Bolsonaro, coordenador das sucessões para presidente da Câmara e do Senado e dos vencedores do as eleições municipais de domingo.

Nenhum outro político exerce tanto o poder da onipresença. No governo Lula, Kassab é fiador de três ministros. No Palácio dos Bandeirantes, é coordenador político de Tarcísio de Freitas. No Senado, foi ele quem trouxe o presidente Rodrigo Pacheco para o PSD e hoje fala a favor do favorito para sucedê-lo, Davi Alcolumbre. Na Câmara, Kassab foi o responsável pela cisão no Centrão na eleição para a presidência, formando aliança com União Brasil e MDB para enfrentar Arthur Lira.

No domingo, o PSD de Kassab ultrapassou, pela primeira vez em trinta anos, o MDB como o partido com maior número de prefeitos no Brasil. Foram 882 autarcas eleitos pelo PSD à primeira volta, mais 225 do que nas últimas eleições. Entre as 103 cidades com mais de 200 mil habitantes, o PSD já venceu em 6 e está no segundo turno em 10. É o partido com maior número de eleitos em São Paulo, Minas Gerais e Paraná. Foi o segundo partido em número de votos (14,5 milhões) e o terceiro em número total de vereadores no país (6.622).

Tanto poder em tantos lugares ao mesmo tempo transformou Kassab, habituado a trabalhar nos bastidores, na estrela brilhante dos dias após a eleição. No centro das atenções, Kassab foi questionado pelo repórter Andréia Sadi, da Globonewsexplicando seus planos para 2026. A resposta gerou um terremoto:

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“Meu projeto é o Tarcísio. Sendo Tarcísio, estarei alinhado ao projeto que seja compatível com o projeto do Tarcísio, seja ele governador ou presidente”, disse.

A possibilidade de Kassab abandonar o navio lulista assustou o Planalto e os aliados do PSD que dependem de Lula, especialmente em Belo Horizonte, onde o partido enfrenta um difícil segundo turno contra o PL bolsonarista. Com o passar das horas, Kassab modulou sua resposta para torná-la menos assertiva:

Para o jornal O Globoo dirigente disse a Bernardo Mello, Caio Sartori e Thiago Prado que “se Tarcísio concorrer, vou considerar com o partido que o melhor seria apoiá-lo, mas o que vejo cada vez mais, pessoalmente, é uma preferência por ele ser candidato para governador.”

O Cátia Seabra, de Folhatentou justificar porque achava que o governador de São Paulo poderia adiar sua candidatura para 2030. “Eu entendo que pela idade dele, pelo trabalho que ele faz em São Paulo, foram necessárias circunstâncias muito fortes para ele deixar de ser candidato a governador ( em 2026)”.

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O Andrea Jubé, de Valorele disse: “Nosso sonho (PSD) é ter um candidato próprio a presidente, o Ratinho (governador do Paraná)”.

Estadãoos repórteres Pedro Augusto Figueiredo e Eduardo Gayer perguntaram: E se Tarcísio quiser concorrer à presidência (ao mesmo tempo que Ratinho)? Cassab respondeu:

“Se Tarcísio surgir como candidato, o PSD não surgirá (com candidato próprio). Esta é a minha posição pessoal, vou consultar o partido”. Para amenizar, previu que esta hipótese não ocorreria porque “Tarcísio não será candidato a Presidente”.

Tanto poder cria inimigos poderosos. Jair Bolsonaro incentivou a distribuição de milhares de posts nas redes sociais acusando o PSD de ser “o partido que protege Alexandre de Moraes”. O presidente do PL, Valdemar da Costa Neto, disse que “Kassab é de esquerda e de direita. Mas isso tem um preço e vai custar caro a ele.” Arthur Lira guarda rancor de Kassab. O presidente do Republicanos, Marcos Pereira, acusa Kassab de ser o responsável pelo fracasso de sua candidatura à presidência da Câmara. “Sempre me lembrarei”, disse ele.

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Ao abrir as comportas de 2026 com dois anos de antecedência, Kassab torna a sua omnipresença mais difícil. Como garantir o apoio do PT à candidatura de António Brito à presidência da Câmara se o projeto do PSD é estar com Tarcísio em 2026? Como ganhar mais espaço na reforma ministerial que Lula promoverá em fevereiro? Como podemos ter certeza de que a candidatura presidencial de Tarcísio não será controlada por Bolsonaro e pelo PL, que o rejeitam? Como se manter onipresente em Brasília e em São Paulo? Com tanto poder e tantos inimigos, Kassab pode ser forçado a escolher ficar no mesmo lugar.



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