O impasse no governo após a devolução da MP do PIS/Cofins

O impasse no governo após a devolução da MP do PIS/Cofins



A MP que limitou a indenização PIS/Cofins Foi mal recebido tanto no Congresso como no setor produtivo. A reação foi imediata, já definindo os rumos finais da medida provisória que foi criada para compensar a desoneração da folha de pagamento em 17 setores da economia e municípios. A conta é alta, cerca de 30 bilhões de reais.

A questão era: o Congresso devolveria a MP ou o próprio governo recuaria? A saída menos pior foi a primeira. Houve protestos generalizados de vários setores da economia e dos próprios parlamentares, que ficaram indignados não só com o custo da medida para as empresas, mas também com a afronta, considerada por muitos, advinda da falta de diálogo antes da publicação do a proposta.

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Até mesmo senadores da base aliada viram o movimento como um erro estratégico do governo federal, apesar de sua essência necessária. A medida surpreendeu porque chegou como chegou, sem qualquer conversa. Os senadores pressionaram o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, para que a MP fosse devolvida também por questões de respeito ao parlamento.

O parlamentar tentou algum tipo de diálogo, mas não teve sucesso. Ele informou ao presidente que devolveria parte da medida. O que evitou desgaste ainda maior para Haddad. Resta saber qual será a alternativa diante do curto prazo dado pelo ministro do STF Cristiano Zanin para que um acordo seja alcançado, agora menos de 60 dias. Caso contrário, ele manterá a decisão de suspender a desoneração da folha de pagamento com um toque de caneta.

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Existe outra alternativa?

Ó Ministro das Finanças já avisou que não tem plano B: “Não temos. E estamos preocupados porque identificamos fraude na compensação do PIS/Cofins. Então, teremos que construir também uma alternativa de combate à fraude, o que seria uma solução, mas já estou conversando com alguns líderes para ver se conseguirmos encontrar um caminho”, disse Haddad aos jornalistas ontem à noite.

O chefe do Tesouro também atribuiu a responsabilidade ao Congresso, assim como outros parlamentares ligados ao governo. E, de fato, os parlamentares não têm ajudado a resolver esse impasse que custa caro aos cofres públicos. O ministro se esforçou para conseguir cumprir o marco fiscal, mas faltou a ajuda do próprio governo.

O jogo de empurra não parece terminar bem para um governo que sofre na relação com o Legislativo.



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