O duro recado de Pacheco contra o impeachment de A…

O Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), deu um duro recado nesta sexta aos bolsonaristas que mais uma vez defenderam o impeachment do ministro Alexandre de Moraesde STFrelator de inquéritos como os dos atos golpistas de 8 de janeiro e das milícias digitais.

“Terei muita cautela com esse tipo de situação para não permitir que esse país vire uma bagunça para quem quer acabar com ele”, disse o senador durante evento em Belo Horizonte.

Pacheco relembrou pedido de impeachment apresentado pelo então presidente JairBolsonaro em 2021 contra Moraes. “Eu avaliei (e) Decidi e disse que neguei aquele pedido de impeachment, que não havia viabilidade jurídica nem política.”

Para o senador mineiro, qualquer “medida drástica de ruptura entre poderes” teria impacto na economia brasileira, com repercussões na inflação, na taxa de câmbio do dólar e no nível de desemprego.

“Temos pessoas pobres vivendo hoje que precisam da nossa ajuda e acho muito ruim que divisões políticas, destinadas a enriquecer segmentos, para poder votar e participar nas redes sociais, possam guiar a vida da nação num momento em que precisa gerar empregos, gerar oportunidades para as pessoas, fazer funcionar os postos de saúde, as universidades federais têm as condições mínimas para poder oferecer um ensino público de qualidade”, declarou.

Na entrevista aos jornalistas, Pacheco lembrou ainda que apresentou e providenciou a aprovação, no Senado, da PEC que limita as decisões monocráticas do Supremo. O texto da emenda constitucional está na pauta da reunião da CCJ da Câmara na próxima terça-feira.

“É incrível que essas mesmas pessoas que agora pedem o impeachment de um ministro do STF tenham ficado oito meses em silêncio depois que eu aprovei essa PEC no Senado Federal”, disse. “É como se não pretendessem resolver o problema da limitação dos poderes institucionais, mas sim que pretendessem selar numa rede social, o engajamento numa rede social, baseado no desequilíbrio, baseado em medidas de ruptura”, acrescentou.

Ainda sobre os renovados apelos dos apoiantes de Bolsonaro ao impeachment de Moraes, Pacheco afirmou que defende o cumprimento do devido processo legal e o direito à ampla defesa, mas considerou que “muito recentemente estávamos perante o 8 de Janeiro em que pessoas invadiram a sede do Três Poderes, pretendendo intervenção militar, pregavam a invocação do AI-5 (e) pretendiam prender autoridades públicas neste golpe de Estado que pregaram e ensaiaram.”