Na mira do TCU, jetons a atuais secretários de Zema custaram R$ 2,3 milhões

Na mira do TCU, jetons a atuais secretários de Zema custaram R$ 2,3 milhões


Objeto do último movimento envolvendo a adesão de Minas Gerais ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF), os jetons pagos aos secretários do governo Romeu Zema (Novo) somam mais de R$ 2,3 milhões considerando as folhas salariais até junho deste ano. Os bônus são concedidos aos titulares de carteiras que também atuam em conselhos de administração e aumentam seus salários no final do mês.

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Na última segunda-feira (08/05), o Ministério Público do Tribunal de Contas da União (MPTCU) solicitou suspensão da licença minerária do RRF em razão da continuidade do pagamento de jetons aos secretários mesmo com o aumento salarial de quase 300% aprovado em abril do ano passado.

“Assim, considerando que os secretários do governo Zema continuam aumentando seus salários com jetons mesmo após o reajuste recebido, torna-se mais grave o fato de o aumento ter sido concedido em maio de 2023, que supera a inflação do período sem reajustes, torna-se mais grave, um fato considerado irregular pelo Conselho Fiscal do Regime de Recuperação Fiscal (RRF) de Minas Gerais, no caso da adesão do estado ao RRF”, diz trecho da representação.

Desde o primeiro ano de mandato, Zema tem tentado aderir aos termos do RRF para tratar da questão da dívida de Minas Gerais com a União, que atualmente gira em torno de R$ 165 bilhões. O regime determina regras rigorosas de austeridade económica para que os estados beneficiem de condições mais brandas no pagamento das prestações da dívida. O aumento proposto pelo governador e aprovado pela Assembleia Legislativa (ALMG) no ano passado é um obstáculo a esse ajustamento, na opinião do MPTCU.

Em levantamento realizado no Portal da Transparência do estado, é possível verificar que os secretários de Zema que estavam na folha de pagamento do Executivo até junho deste ano receberam R$ 2.321.191,48 só em jetons. A remuneração é adicional ao salário-base das funções exercidas nas pastas. De acordo com já publicado pelo Estado de Minassomando as gratificações, os membros da secretaria já receberam mais de R$ 50 mil por mês.

O levantamento foi feito levando em consideração os secretários em atuação até junho. Entre eles, Elizabeth Jucá, da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese), foi quem mais recebeu em jetons, totalizando mais de R$ 700 mil em 47 meses. Ela deixou o cargo este ano para se dedicar à campanha eleitoral, mas recebia R$ 16 mil mensais por participação no conselho administrativo da Cemig.

Em média, os atuais secretários de Zema estão no cargo há 30 meses, sendo que 17 deles receberam jetons, ou seja, mais da metade do tempo. Os valores médios mensais giram em torno de R$ 9.600 nos períodos em que os bônus foram pagos.

Dos 14 secretários de Zema, apenas quatro não receberam nenhum jeton durante sua gestão no Executivo. Na média mensal, o secretário de Desenvolvimento Econômico, Fernando Passalio, foi o que mais recebeu, com bônus de R$ 15,4 mil. Ele é seguido pelo secretário de Infraestrutura, Pedro Bruno Barros de Souza, com R$ 15,2 mil. Jucá fecha a lista dos que têm média superior a R$ 10 mil, com R$ 14,9 mil.

A reportagem procurou o Governo de Minas Gerais para se posicionar a respeito da representação do MPTCU e dos valores gastos com jetons. Até a última atualização deste artigo, não houve respostas.

Tópico antigo

Depois de quase seis anos no cargo, Zema ainda tenta obter apoio para o RRF na Assembleia. A proposta mineira de adaptação do regime inclui medidas impopulares que afastam os parlamentares, como limitar o reajuste dos servidores a duas parcelas de 3% durante os nove anos de vigência do plano; a suspensão de futuros concursos públicos; e a delimitação dos investimentos públicos ao nível da inflação.

A manifestação do Ministério Público no Tribunal de Contas da União é mais um obstáculo na trajetória do governador e suscita uma discussão que também causou atritos entre os poderes Executivo e Legislativo em Minas Gerais.

Ainda em 2019, o Assembleia manteve veto de Zema ao artigo do projeto de lei que determinava o fim dos jetons. A recusa do governador prevaleceu com placar de 33 a 14, quando eram necessários 39 votos para derrubar a decisão. Já se iniciou um longo debate entre o Executivo e a oposição sobre a questão salarial envolvendo secretários e demais servidores públicos do estado.

Quatro anos depois, quando a Assembleia aprovou um aumento de quase 300% Para Zema e seus secretários, o tema dos jetons voltou à tona junto com os novos salários. Mesmo com os novos salários, as gratificações por atuação em conselhos fiscais e administrativos continuaram a cair na conta dos nomes escolhidos por Zema para as pastas do Executivo.

Na época, Zema justificou os valores como uma maneira de reter secretários no governo. O governador lembrou que os salários dos altos executivos do Executivo mineiro estavam desatualizados e em desvantagem em relação aos demais estados. “O último reajuste foi feito em 2007 e hoje eu diria que a maioria dos secretários municipais ganha muito mais que os secretários estaduais. Os secretários de Minas Gerais têm o salário mais baixo do Brasil.”


Na verdade, os 10.500 pagamentos mensais recebidos por Zema até 2023 o colocariam como o governador com salários mais baixos do país. O aumento aprovado na Assembleia, porém, fez com que ela subisse na lista. Com a gradação do reajuste, em fevereiro de 2025, o contracheque do mineiro chegará à marca de R$ 41,8 mil, valor que o leva direto para o topo do ranking nacional.

Tabela mostra quanto receberam em jetons os atuais secretários de Zema até junho

Arte: Soraia Piva/EM



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