Ministros de Lula vão às ruas para reforçar candid…

Ministros de Lula vão às ruas para reforçar candid…


No primeiro fim de semana de campanha permitido pela legislação eleitoral, domingo, 18, o ministro-chefe de Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, Paulo Pimenta, percorreu as ruas do centro de Porto Alegre ao lado de líderes históricos do PT, como o ex-governador Olívio Dutra , pedindo votos para a candidata do partido a prefeita de Porto Alegre, a deputada federal Maria do Rosário. No mesmo dia, esteve em Cachoeirinha e Esteio, municípios da região metropolitana, para reforçar as candidaturas petistas. Nas três cidades, ele realizou o rito de campanha: cumprimentou eleitores, beijou crianças, tirou fotos e gravou vídeos para serem compartilhados nas redes sociais. Ao falar, afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que esteve no Rio Grande do Sul na semana passada, garantiu que todas as famílias atingidas pelas enchentes que atingiram o estado em maio receberão o Auxílio à Reconstrução de 5,1 mil reais pago pelo governo federal. “Chegou a hora da equipe do Lula ocupar as prefeituras, as Câmaras de Vereadores, e estaremos juntos”, anunciou.

GINGA – Rui Costa com Geraldo Júnior (MDB), em Salvador: dança e pedido de votos (Adriel Francisco/Divulgação)

O “time de Lula”, aliás, tem fome de bola. Além de Pimenta, outros ministros do governo da linha de frente estão nas ruas para emprestar prestígio político e pedir votos de aliados nas disputas municipais. Além do Rio Grande do Sul, os principais focos são a cidade de São Paulo, o cinturão metropolitano da capital paulista e o Nordeste, regiões onde o PT quer manter, ampliar ou recuperar a hegemonia para fortalecer o campo de esquerda no eleições. 2026, quando serão escolhidos governadores e Lula, ao que tudo indica, buscará um novo mandato. No início do mês, em reunião ministerial, o presidente autorizou a participação de seu gabinete em campanhas desde que fosse fora do horário de expediente, que o ministro não se posicionasse em palanque crítico ao governo e que não houvesse ofensa aos adversários das siglas que compõem a base. Tudo é lindo na teoria, resta ver na prática.

O certo é que a mobilização envolve mesmo muita gente importante do governo. Na capital paulista, onde a eleição de Guilherme Boulos (PSOL) é considerada prioritária, o PT aposta todas as fichas. Neste final de semana, Lula deverá participar de eventos de rua com Boulos e seu candidato a vice-presidente, Marta Suplicy (PT). Também é esperada a participação de ministros importantes, como os comandantes da área econômica, Fernando Haddad (ex-prefeito da cidade), e da área política, Alexandre Padilha. A ministra Marina Silva (Meio Ambiente) é outra que esteve envolvida na campanha de Boulos, cujo partido, o PSOL, forma uma federação com a Rede, sigla do ministro. Haddad, Marina e Padilha estiveram na convenção que referendou o nome de Boulos, no final de julho. Padilha também tem feito incursões em cidades do interior do estado, como Araraquara, onde o atual prefeito, Edinho Silva, favorito para liderar o PT a partir de 2025, tenta firmar um aliado no cargo.

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Outro que tem feito rodadas eleitorais em São Paulo é o ministro Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário), mas ele tem uma missão especial: ajudar a recuperar o comando de São Bernardo do Campo, onde Lula viveu e foi seu berço político e do PT. O candidato a prefeito da maior cidade do ABC é Luiz Fernando Teixeira, irmão do ministro. Há expectativa de que Luiz Marinho (Trabalhista), ex-prefeito de São Bernardo do Campo, tire licença do cargo em setembro para se dedicar à campanha. Um dos objetivos é recuperar a “faixa vermelha”, nome dado à hegemonia petista em torno da capital, que envolvia o comando de grandes cidades do ABC, além de Guarulhos e Osasco.

Embora São Paulo seja a “joia da coroa” das eleições municipais, o alvo mais estratégico para o PT no longo prazo é o Nordeste, onde está concentrado pouco mais de um quarto do eleitorado brasileiro e que foi decisivo nas eleições presidenciais de 2022. A esquerda é hegemônica há anos na região, hoje não controla nenhum capital. Lula enviou a campo uma forte equipe de revogação eleitoral, formada por ministros que foram governadores e terminaram seus mandatos em 2022 com altos índices de aprovação. No Ceará, Camilo Santana (Educação) participou, no primeiro fim de semana de campanha, de uma caminhada no centro de Fortaleza, maior cidade do Nordeste, ao lado do candidato Evandro Leitão (PT). O ministro também foi a eventos de campanha em Sobral, berço político dos irmãos Cid e Ciro Gomes, para apoiar a ex-governadora e ex-secretária executiva do MEC, Izolda Cela (PSB), que disputa a prefeitura. No Piauí, Wellington Dias (Desenvolvimento Social) participou da convenção do candidato a prefeito de Teresina, Fábio Novo (PT), e gravou mais de 130 vídeos de apoio aos candidatos. Um dos homens fortes do governo, o ministro Rui Costa (Casa Civil) hesitou, mas aderiu à campanha de Geraldo Júnior (MDB) em Salvador. Mesmo depois de dizer que não poderia estar presente, ele apareceu inesperadamente na convenção, dançou e falou pedindo votos ao aliado.

PRIORIDADE - Haddad e Marina com Boulos: ao lado de Lula, ministros sairão às ruas pela disputa na maior cidade do país
PRIORIDADE – Haddad e Marina com Boulos: ao lado de Lula, ministros sairão às ruas pela disputa na maior cidade do país (Leandro Paiva/.)

A tragédia climática que assolou o Rio Grande do Sul entre abril e maio deste ano também colocou prioridade no mapa eleitoral do PT. O partido e Lula viram a intervenção federal necessária para ajudar a reconstruir centenas de cidades como uma possibilidade de fortalecer a posição do governo e, por extensão, de seus aliados em uma região histórica para o PT. A decisão de colocar Paulo Pimenta como ministro especial da reconstrução fez do deputado gaúcho um coordenador essencial da eleição —ele deve ganhar musculatura para tentar governar o estado que o PT já governou duas vezes, com Olívio Dutra e Tarso Genro . A campanha de Maria do Rosário na capital gaúcha – que o PT administrou por quatro mandatos consecutivos entre 1989 e 2004 – usa um slogan semelhante ao do governo federal (“Fé, União e Reconstrução”).

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As armas nas mãos das tropas de elite de Lula são velhas conhecidas: recursos públicos para obras, linhas de crédito a juros baixos e programas sociais. Na semana passada, ao lado de Pimenta, Lula fez sua quinta visita ao estado desde a tragédia: entregou moradias Minha Casa, Minha Vida, obras rodoviárias e unidades de saúde. Em São Leopoldo, ele prometeu que o esforço era apenas o começo. “Vou voltar aqui para inaugurar mais coisas”, anunciou o presidente (leia mais no relatório na página. 32). Pimenta lembrou que 44 mil moradores (a cidade tem 217 mil) receberam auxílio de 5,1 mil reais do governo. “Foi a mão do presidente Lula que se estendeu ao povo gaúcho desde o início da enchente”, disse ele, repetindo uma pregação que tem levado aos municípios gaúchos.

JANELA ABERTA - Paulo Pimenta: tragédia mudou perspectiva eleitoral
JANELA ABERTA – Paulo Pimenta: tragédia mudou perspectiva eleitoral (Lucas Leffa/@pimenta13br/Instagram)

A participação dos ministros nas campanhas tem um efeito importante, que é mostrar o prestígio político do candidato local. “Simbolicamente, é quase um indício da presença do próprio presidente Lula. Isso, para os candidatos, significa boas relações com o governo e o poder federal”, afirma o cientista político Rodrigo Prando, da Universidade Mackenzie. A principal motivação para o envolvimento do gabinete Lula nas eleições municipais é preparar o terreno para construir uma base mais sólida no Congresso nas eleições de 2026. Prefeitos e vereadores são importantes colportores de candidatos ao Legislativo, onde o governo petista enfrenta dificuldades em todos os sentidos. tipo. O exército de ministros nas ruas visa, portanto, a conquista imediata de territórios, mas o objetivo principal é preparar o campo para a dura batalha que está por vir.

Publicado em VEJA em 23 de agosto de 2024, edição nº 2.907



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