10/07/2024 – 13h02
Vinicius Loures/Câmara dos Deputados
Ministro Silvio Almeida e deputada Daiana Santos
O ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida, pediu nesta quarta-feira (10) apoio dos deputados para garantir orçamento para o programa de proteção às vítimas e testemunhas ameaçadas de morte, especialmente defensores de direitos humanos. Segundo ele, o assassinato de defensores dos direitos humanos é muito preocupante no Brasil, principalmente nas áreas rurais.
Silvio Almeida reuniu-se na Câmara dos Deputados com deputados da Comissão de Direitos Humanos, Minorias e Igualdade Racial. Pediu também apoio dos membros do colegiado para que, na discussão do orçamento de 2025, não sejam contingente recursos destinados aos fundos dos direitos da criança e do adolescente e aos fundos dos idosos.
Centros de referência
Na reunião, o ministro pediu ainda apoio aos deputados no reforço do orçamento do Ministério dos Direitos Humanos através da atribuição de alterações parlamentares aos projectos prioritários do departamento. Segundo Almeida, o orçamento efetivo do departamento para 2024 é de R$ 312 milhões – inferior ao do Ministério do Esporte, por exemplo.
O principal projeto é a criação de centros de referência em direitos humanos nos municípios. A ideia, nesses centros, é atender a população sobre violações de direitos humanos e orientar sobre como ter acesso aos direitos – uma espécie de Disque 100 presencial. Também é prioridade do ministério criar pontos de apoio para o população sem abrigo, com instalações sanitárias e lavandarias, por exemplo.
Prioridades
Silvio Almeida resumiu as prioridades do departamento na Câmara dos Deputados: “É o reforço do Orçamento do ministério, a construção de centros de referência, o fortalecimento dos programas de proteção e também depolíticas para crianças e adolescentes e idosos, essas são as prioridades do ministério.”
Além disso, o ministro defende novas regulamentações para os conselhos tutelares, a partir do apoio e contribuição a projetos já em análise no Congresso Nacional, como o conta (PL 2474/22) do senador Humberto Costa (PT-PE) que estabelece a unificação da legislação para os conselhos em todo o território nacional.
Apoio do comitê
Presidente da Comissão de Direitos Humanos, a deputada Daiana Santos (PCdoB-RS) apoia as prioridades estabelecidas pela ministra, que, a seu ver, podem ter grande impacto na redução das desigualdades na população brasileira e na redução da violência. Segundo ela, essas prioridades nortearão as ações da comissão nos próximos seis meses.
“Reafirmo meu compromisso com o ministério e com a Comissão de Direitos Humanos para que possamos encaminhar todas essas políticas, que acabam não sendo prioridade, a questão dos moradores de rua é um bom exemplo”, disse.
“Disponibilizamo-nos, este grupo de deputados que aqui estiveram presentes para participar de forma mais eficaz neste movimento de garantia do orçamento, acho que isso é fundamental”, acrescentou.
Relatório – Lara Haje
Montagem – Roberto Seabra
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