Minas Gerais está dividido sobre o projeto de lei que equipara o aborto após 22 semanas de gravidez a crimes de homicídio. Embora a maioria dos parlamentares de direita – ligados ao bolsonarismo – já tenha decidido apoiar o texto, a bancada petista se posicionou contra o assunto.
Ó Estado de Minas Ele contatou os 53 deputados estaduais e confirmou essas posições. Dos parlamentares, 18 se declararam favoráveis ao projeto. Por outro lado, 12 responderam que eram contra o texto, cuja urgência foi aprovada na quarta-feira (6/12), que poderia levar o assunto diretamente ao plenário, sem passar primeiro pelas comissões. Um deputado ainda não se pronunciou sobre o assunto.
Atualmente, o aborto é considerado crime. Está previsto no artigo 124 do Código Penal, com pena de 1 a 3 anos. As mulheres são responsáveis por crimes, mas, na prática, não são presas. A legislação atual também prevê três situações em que o aborto é permitido: se o feto for anencefálico, se a gravidez for resultado de estupro ou se não houver outra forma de salvar a vida da gestante.
A proposta que avançou na Câmara dos Deputados altera o Código Penal, equiparando o aborto de gestações superiores a 22 semanas ao crime de homicídio simples e alterando situações atualmente permitidas. O aborto em caso de gravidez resultante de estupro passou a ser considerado crime de homicídio se realizado com mais de 22 semanas de gestação. Hoje, por lei, a prática não é criminalizada em nenhum momento.
Leia: Câmara dos Deputados: mineiros que apoiam projeto ‘antiaborto’
Coautor do texto, o mineiro Dr. Frederico (PRD-MG) defendeu o projeto, mas alertou que o assunto virou alvo de desinformação. “É óbvio que o estupro é um crime cruel, grave e hediondo. As vítimas precisam receber todo apoio, carinho e apoio. Mas o aborto também é crime”, ponderou. “No nosso projeto, o atual entendimento jurídico segue até a 21ª semana de gestação. Porém, a partir da 22ª semana, com 5 meses de gestação ou mais, a assistolia fetal passa a ser crime, por se tratar de um assassinato brutal e torturante de uma criança já formada, com todas as possibilidades de viver fora do útero materno”.
Dr. Frederico é coautor do texto
CASA DOS DEPUTADOS/REPRODUÇÃO
Os deputados Zé Vitor (PL-MG), Greyce Elias (Avante-MG), Eros Biondini (PL-MG) e Ana Paula Junqueira Leão (PL-MG) afirmaram-se “pró-vida”. Em conversa com a reportagem, Zé Vitor afirmou acreditar no “valor da vida”, Greyce chamou o texto de “passo de gigante”, Eros chamou o aborto de “crime que acontece dentro do ventre da mãe” e Ana Paula afirmou que estava a favor da matéria, mas disse que ela precisa ser melhorada nas comissões.
Em Minas, a bancada do PL foi orientada a votar a favor do mérito do texto, que ainda não tem data para chegar ao Plenário. Maurício do Vôlei (PL-MG) considerou esse fato e afirmou que “ninguém tem o direito de tirar a vida de outro ser humano”. “A vida é sagrada desde a concepção e deve ser protegida”, disse ele. O deputado também culpou o governo petista pela discussão da legalização. “São ataques constantes e preocupantes”, concluiu.
Do outro lado, a bancada petista repudia a questão. O líder do governo Rogério Correia (PT-MG) afirmou que apoiadores de Bolsonaro tentam “criminalizar a vítima”. Dandara (PT) repudiou a aprovação da urgência, afirmando que “invalida o debate público e o confronto de ideias”. “A democracia tem a ver com a participação da sociedade. Em 2022, cerca de 61,4% das vítimas de estupro no Brasil tinham no máximo 13 anos; Todos os anos, cerca de 20 mil meninas com menos de 14 anos tornam-se mães no país. O direito à infância deve ser garantido. Quem precisa ser punido são os pedófilos e os estupradores”, concluiu.
Célia Xakriabá (PSOL) classificou o texto como “absurdo”. “É inaceitável que seja votada uma agenda aduaneira adaptada à extrema direita para capitalizar os votos nas próximas eleições, que coloca em risco a saúde, a vida e a liberdade das raparigas e mulheres violadas. Uma criança não é mãe e um estuprador não é pai!” Dr. Mário Heringer (PDT) afirmou que o PL é “uma inversão de valores, completamente diferente e dirigida por interesses pseudo-religiosos”. assim.”
Lafayette Andrada (Republicanos-MG) foi o único deputado mineiro que respondeu que ainda não havia tomado sua decisão. Segundo ele, o projeto possui fatores atenuantes que devem ser discutidos antes da votação.
Cenário
Nesta terça-feira, em votação rápida, a Câmara dos Deputados aprovou o regime de urgência do Projeto de Lei 1.904/2024. Dessa forma, a proposta poderá ser votada diretamente no Plenário, sem passar primeiro pelas comissões temáticas da Casa Legislativa. A votação foi simbólica, portanto, não houve manifestação dos partidos. Segundo o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), a decisão foi acertada com todas as lideranças partidárias.
Os deputados ainda terão que analisar o mérito do texto. A expectativa é que isso aconteça na próxima semana, já que o presidente Lula (PT) vem negociando com Lira para que o assunto seja adiado no Plenário.
A proposta em análise na Câmara dos Deputados também é uma reação à decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que suspendeu todos os processos judiciais e procedimentos administrativos e disciplinares causados por resolução do Conselho Federal dos Deputados. Medicina (CFM) . A proposta foi apresentada no dia da decisão do magistrado. A resolução proibia a assistolia fetal, procedimento que envolve a injeção de produtos químicos no feto para evitar que ele seja retirado do útero com sinais vitais.
Confira
A FAVOR
CONTRA
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REGINALDO LOPES (PT)
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ROGÉRIO CORREIA (PT)
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ODAIR CUNHA (PT)
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CÉLIA XAKRIABA (PSOL)
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DANDARA (PT)
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PADRE JOÃO (PT)
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MIGUEL ÂNGELO (PT)
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LEONARDO MONTEIRO (PT)
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ANA PIMENTEL (PT)
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Dr.Mario Heringer (PDT)
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PAULO GUEDES (PT)
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LUIZ FERNANDO (PT)
ELES NÃO RESPONDERAM
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ANDRÉ JANONES (AVANÇADOR)
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DIEGO ANDRADE (PSD)
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FRED COSTA (PRD)
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MISAEL VARELLA (PSD)
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RAFAEL SIMÕES (UNIÃO BRASIL)
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PINHEIRINHO (PROGRESSISTAS)
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WELLINGTON PRADO (Prós)
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GILBERTO ABRAMO (REPUBLICANOS)
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HERCÍLIO DINIZ (MDB)
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RODRIGO DE CASTRO (UNIÃO BRASIL)
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LUIS TIBÉ (AVANÇADOR)
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PAULO ABI-ACKEL (PSDB)
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EUCLYDES PETTERSEN (REPUBLICANOS)
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DIMAS FABIANO (PROGRESSISTAS)
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ZÉ SILVA (SOLIDARIEDADE)
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AÉCIO NEVES (PSDB)
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DELEGADO MARCELO FREITAS (UNIÃO BRASIL)
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IGOR TIMO (PODEMOS)
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DUDA SALBERT (PDT)
ELES NÃO SABEM
* NEWTON CARDOSO JR (MDB) e PATRUS ANANIAS (PT) ESTÃO DE LICENÇA. AS SUBSTITUIÇÕES NÃO FORAM ENCONTRADAS PELO RELATÓRIO.
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