BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – Ministro André Mendonça pediu destaque e enviou julgamento de recurso da defesa do ex-presidente Fernando Collor para o plenário físico do STF (Supremo Tribunal Federal).
Acompanhe nosso canal no WhatsApp e receba em primeira mão notícias relevantes para o seu dia
A decisão de Mendonça foi tomada no julgamento que corria no plenário virtual do Supremo, quando já havia maioria de 6 a 2 contra o pedido de Collor para redução da pena.
O ministro Alexandre de Moraes, relator do processo, votou contra o recurso de Collor. Ele foi seguido por Edson Fachin, Flávio Dino, Cármen Lúcia, Luís Roberto Barroso e Luiz Fux.
Os ministros Gilmar Mendes e Dias Toffoli votaram pela redução da pena do ex-presidente. Cristiano Zanin se declarou incapaz de julgar o caso por ter atuado em processos da Lava Jato.
O julgamento chegará ao plenário físico com maioria, mas durante a discussão que ocorrerá, os ministros poderão ajustar seus votos, o que poderá levar a alterações na pena a ser imposta ao ex-presidente.
Como não há previsão para que o caso seja discutido no plenário físico, Collor economiza tempo, já que na sessão virtual o caso seria encerrado nesta segunda-feira (11).
De qualquer forma, a defesa de Collor poderá apresentar novos pedidos para pedir a redução da pena.
O ex-presidente foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal em maio de 2023 pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A pena foi fixada na época em oito anos e dez meses de prisão.
A defesa de Collor tenta, com o recurso, alterar a dosimetria da pena e evitar que ele, mesmo condenado, vá para a prisão.
Isso porque, no entendimento da defesa de Collor, a redução da pena por corrupção passiva para quatro anos tornaria o crime prescrito. Neste cenário, o ex-presidente teria apenas que cumprir a pena por lavagem de dinheiro, estipulada em quatro anos e seis meses.
A eventual redução da pena final ?de oito anos e dez meses para quatro anos e seis meses? Também pode alterar o cumprimento da pena, passando do regime fechado para o regime semiaberto. Collor é réu primário, o que pode converter a prisão em serviço comunitário.
O ex-presidente não ocupa mais cargos públicos desde o ano passado, quando terminou seu mandato como senador por Alagoas. Ele continua filiado ao PRD (ex-PTB).
Ainda não é possível saber quando Collor poderá ser detido após uma possível condenação no STF, pois a jurisprudência do Supremo prevê que os condenados só deverão iniciar o cumprimento da pena depois de esgotados todos os recursos (últimos e transitados em julgado).
A denúncia contra o ex-presidente foi apresentada pela PGR (Procuradoria-Geral da República) em agosto de 2015 no âmbito da Operação Lava Jato. Ele foi acusado de receber propina de um esquema de corrupção na BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras.
Segundo a condenação, o ex-presidente teria influenciado o comando e a gestão da empresa, de 2010 a 2014, para garantir a assinatura de contratos entre a estatal e a construtora UTC. Em troca, Collor teria recebido R$ 20 milhões.
ENTENDA O JULGAMENTO DE COLLOR NO STF
O caso
Fernando Collor é acusado de receber propina em esquema de corrupção envolvendo a BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras. Entre 2010 e 2014, o então senador influenciou a gestão da empresa, o que levou à assinatura de contratos com a construtora UTC. A conclusão dos acordos fez com que Collor recebesse R$ 20 milhões
Lava Jato
A denúncia contra Collor foi uma das primeiras apresentadas pela PGR (Procuradoria-Geral da República) no âmbito da Operação Lava Jato, em agosto de 2015. Os crimes são corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Julgamento
Em maio de 2023, o Supremo decidiu, por 8 a 2, condenar o ex-presidente pelo caso, atribuindo-lhe os crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, deixando de lado a organização criminosa por divergência entre os ministros. Kassio Nunes Marques e Gilmar Mendes votaram pela absolvição de Collor
Regime
O Código Penal estabelece que quem for condenado a mais de oito anos de prisão deverá começar a cumpri-la em regime fechado. STF formou maioria contra recurso da defesa de Collor para redução da pena
Efeitos
Collor ainda poderá apresentar novo recurso para retardar a aplicação da pena, como embargos de declaração, questionamentos sobre omissões na decisão e embargos de infração, que questionem decisão não unânime. Como o primeiro recurso foi negado, o Supremo pode entender novos pedidos como retardatários e ordenar a prisão do ex-presidente
Defesa
A defesa do ex-presidente afirmou, à época do julgamento, que não havia provas suficientes para condenar. O próprio Collor sempre negou ter participação no esquema
emprestimo do inss
empréstimo para consignados
simular um empréstimo consignado
simular empréstimo picpay
simular emprestimo picpay
como fazer emprestimo no picpay
emprestimo consignado no inss
blue emprestimo
simulação empréstimo picpay
emprestimo consignado simulação
inss empréstimos