FOLHAPRESS – Apesar do cenário geral de polarização, os partidos centristas dominam as legislaturas municipais em todo o Brasil, de acordo com a classificação GPS do partido Folha de S.Paulo. Só os grupos MDB, PP e PSD respondem por mais de 1 em cada 3 vereadores eleitos neste domingo (6).
As três siglas responderam por 21.680 das 58.415 vagas disponíveis nos municípios, o equivalente a 37%. Logo depois estão os partidos de direita União Brasil, PL e Republicanos, sendo os dois últimos os que mais cresceram em relação às últimas eleições.
Por outro lado, os grandes perdedores foram o PRD (combinação dos ex-Patriota e PTB), o PSDB – que antes tinha 7,6% dos vereadores e agora terá 5,1%, desaparecendo até na capital paulista – e o Cidadania, todos também de direita ou centro-direita.
O equilíbrio geral dos Legislativos municipais mostra estabilidade em relação aos espectros políticos, com ligeiro aumento no centro, cuja representação variou de 45% para 47%, e pequeno declínio tanto na direita (de 36% para 35%) quanto na direita. esquerda (de 19% para 18%).
Considerando apenas as capitais, o cenário é de divisão mais igualitária entre os três grupos: os partidos de direita lideram com 38% das cadeiras, o centro tem 36% e a esquerda tem 26%, com pequenas variações em relação ao eleições passadas.
Ao analisar os dados por região, no entanto, existem variações distintas. A direita cresceu nas Câmaras Municipais do Sul, Norte e Centro-Oeste, mas encolheu no Nordeste e Sudeste – onde o destaque foi a expansão do centro, como visto, por exemplo, na cidade de São Paulo.
Nesta última região, a situação se inverteu: os partidos de direita que lideravam com 47% das cadeiras de vereadores passarão a ter 41%, e os partidos de centro, que antes tinham 38%, passarão a ter 47%. Isso mesmo com os partidos PL do ex-presidente Jair Bolsonaro e o Republicanos tendo duplicado suas cadeiras na soma regional.
No Nordeste, onde a direita já tinha menos espaço que a média do país, essa diferença aumentou. O centro passou de 45% para 47% das cadeiras e a esquerda, de 25% para 27%, com aumento do PT do presidente Lula. O PL foi o que mais caiu, passando de 6,8% para 3,9% das vagas.
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No Sul, ocorreu o movimento inverso, com a direita ampliando de 26% para 31% das cadeiras legislativas. A esquerda foi a maior perdedora, passando de 19% para 15%, e o centro continua sendo a maior força, com 54%. O PL desta vez foi quem mais cresceu, duplicando a sua presença na região.
No Centro-Oeste a tendência foi exatamente a mesma, mas com presença ainda maior da direita, passando de 45% para 49%. O centro é um pouco mais tímido nessa comparação, com 41%, e a esquerda tem apenas 10% das cadeiras legislativas.
O Norte, finalmente, foi onde o conservadorismo mais avançou, com os partidos de direita ampliando de 37% para 44% dos cargos de vereadores. O centro encolheu de 50% para 44% e a esquerda ficou com apenas 13%, mudança que ocorreu principalmente devido ao bom desempenho do União Brasil e dos Republicanos.
DIMINUI A FRAGMENTAÇÃO DA CÂMARA
Outra mudança nessas eleições foi que a fragmentação das Câmaras diminuiu nacionalmente, como esperado com o avanço da reforma eleitoral nos últimos anos e a fusão de partidos menores que buscavam mais financiamento e tempo de TV. Se há quatro anos 29 partidos partilhavam as cadeiras, agora são 25.
Os demais PSTU, UP e PCB foram os únicos que não elegeram ninguém para os legislativos municipais do país.
A concentração de votos também foi maior, conforme previsto pela reforma. Se há quatro anos os dez partidos que mais venceram eleições tinham 75% dos assentos, agora têm 84%. As dez siglas pequenas que receberam menos votos passaram de 5% para 4% do total de vereadores, reduzindo sua presença.
A ideia é simplificar, diz Jairo Nicolau, especialista em sistema eleitoral: “Ter muitos partidos confunde o debate parlamentar, cria problemas de governabilidade e de identificação partidária [dos políticos e do eleitor]“, disse o professor da FGV à Folha de S.Paulo antes das eleições.
As siglas se uniram porque neste ano a chamada “cláusula de desempenho” barrou o acesso a recursos partidários e a tempo de publicidade eleitoral na TV e no rádio a partidos que não obtivessem pelo menos 2% dos votos válidos ou 11 eleitos para a Câmara dos Deputados . em 2022, um requisito mais elevado do que em 2020.
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Segundo especialistas, essa compressão do Legislativo brasileiro só deverá se estabilizar a partir de 2030, quando, após uma expansão gradual, a exigência de desempenho atingirá 3% dos votos válidos ou 15 deputados federais eleitos. A reforma deverá ser finalizada em 2034.
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