A ministra do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, Marina Silva, afirmou, nesta sexta-feira (14/6), que o Projeto de Lei 1.904/24, que equipara o aborto ao homicídio, é “desrespeitoso e desumano para com a mulher”. Marina, que é evangélica, disse ser pessoalmente contra o aborto, mas criticou a proposta que estabelece que a pena para mulheres que interrompem a gravidez após a 22ª semana, mesmo vítimas de estupro, é quase duas vezes maior que a de estupradores.
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“Pessoalmente, sou contra o aborto, mas acho que é uma atitude altamente desrespeitosa e desumana para com as mulheres pensar que o violador deveria ter uma pena menor do que a mulher que foi violada e que não conseguiu ter acesso a tempo. fazer uso da lei que garante o direito ao aborto legal”, disse o ministro, em entrevista a jornalistas no Palácio do Planalto.
Além dela, os ministros Silvio Almeida, Alexandre Padilha e Cida Gonçalves, dos ministérios dos Direitos Humanos e da Cidadania, das Relações Institucionais e da Mulher, respectivamente, também se manifestaram contra a proposta.
“Não contem com o governo para nenhuma mudança na legislação sobre o aborto no país. Principalmente um projeto que estabeleça pena para meninas e mulheres estupradas que pode ser até 2x maior que a do estuprador”, disse Padilha, também nesta sexta-feira. .
O ministro Silvio Almeida classificou o projeto como “imoralidade” e “inversão de valores civilizatórios”. Para o titular da pasta dos Direitos Humanos e Cidadania, a proposta viola o princípio da dignidade humana e sujeita as mulheres vítimas de abuso a uma “indignidade inaceitável”.
A Ministra da Mulher citou o fato de que, em média, 38 meninas de até 14 anos se tornam mães todos os dias no Brasil. Para ela, a proposta que tramita na Câmara agrava ainda mais o cenário da gravidez precoce, já que seis vítimas de violência sexual são crianças de até 13 anos.
Após mobilização social e críticas ao projeto, o deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), autor do PL, disse que vai propor aumentar a pena para estupro para 30 anos. Atualmente, a legislação prevê pena de 6 a 10 anos de prisão, aumentada para 12 anos se o crime envolver violência grave.
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Projeto
Na quarta-feira (6/12), a Câmara dos Deputados aprovou a urgência do projeto, o que significa que o texto irá direto para o Plenário. A votação do pedido de urgência ocorreu de forma simbólica e durou apenas 23 segundos.
A insatisfação com a condução do PL levou o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), a anunciar a nomeação de um deputado centrista para informar sobre o PL 1.904/24, para que o texto fique “equilibrado”. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse que uma proposta dessa natureza “jamais iria diretamente ao Plenário”.
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