Candidatos a prefeito de São Paulo Pablo Marçal (PRTB) e Marina Helena (Novo) fez um ato duplo para criticar os oponentes que usaram o fundo eleitoral em suas campanhas. Os dois ignoraram o tema mobilidade urbana para falar sobre repasse de verbas durante o debate eleitoral realizado pelo SBT na manhã desta sexta-feira (20/9).
“Na cidade de São Paulo, todos esses candidatos que estão aqui, juntos, menos eu, receberam cerca de R$ 100 milhões do fundo eleitoral, que é o dinheiro (do eleitor). Sou o único candidato neste debate que não tem dinheiro público, nem tempo de televisão, nem rádio, nem coligação. A campanha não é para votar em quem usa dinheiro do fundo eleitoral”, disse Marçal. O apresentador César Filho chamou a atenção da candidata, por não ter feito nenhuma pergunta a Marina.
Em sua resposta, Marina também ignorou o tema sorteado e focou na questão do fundo eleitoral, dizendo também ser contra, apesar de ter utilizado parte do valor em sua campanha. “Recebemos um valor bem inferior ao dos demais candidatos, e o motivo pelo qual decidimos começar a utilizá-lo é o fator, por exemplo, que vocês estão enfrentando agora. Fora o fundo, cada parlamentar tem mais de 100 milhões de emendas nos seus quatro anos para gastar, isso impede completamente a renovação”, afirmou.
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Em seguida, ela disse ser a favor de “devolver o dinheiro do fundo eleitoral ao cidadão. “Eles não têm de financiar a campanha de um político, os cidadãos também têm de ter muito cuidado com quem é promissor aqui. (…) Então, o que defendo é mais dinheiro no bolso e menos para o Estado”, acrescentou.
Marçal, porém, não poupou críticas a Marina. “Marina, infelizmente, é contra, mas aceitou receber. Se esta é a posição de um candidato, por que ele a recebeu? (…) Não coloquei nem um real do meu dinheiro, minhas empresas não participam disso, e eu não participo disso”, rebateu.
Na tréplica, Marina desejou o fim do fundo eleitoral. “Concordo com você, precisamos acabar com o fundão, acabar com essas emendas, precisamos acabar com o ativismo judicial, precisamos parar de gastar quase metade de tudo que ganhamos, do nosso suado dinheiro, para irmos para um estado que não’ nem oferece segurança para a população, que não permite nem andar com o celular na rua. Chega disso”, afirmou ela.
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