Maioria acha que faltam vereadores negros e mulheres, diz Datafolha

Maioria acha que faltam vereadores negros e mulheres, diz Datafolha



SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O número de mulheres e negros nas Câmaras Municipais ainda é considerado insuficiente pela maioria dos eleitores de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Recife, mostra pesquisa Datafolha realizada nos quatro municípios brasileiros capitais.

Ao mesmo tempo, cerca de 8 em cada 10 entrevistados afirmam que o sexo e a cor de um candidato não fariam diferença na escolha de um prefeito ou prefeita nas próximas eleições municipais, no dia 6 de outubro.

Na capital paulista, 74% acham que o número atual de vereadoras é menor do que deveria. Esse mesmo percentual é de 70% na capital fluminense, 65% em Minas Gerais e 67% em Pernambuco. A percepção é quase idêntica quanto à falta de representação dos negros.

Por outro lado, 20% a 26% dos eleitores entrevistados acham que o número de mulheres é adequado ou maior do que deveria ser, variando de acordo com a cidade. Em relação aos pretos e pardos, a opinião de que o número de parlamentares é suficiente varia de 17% em São Paulo a 26% em Recife.

A pesquisa entrevistou 3.164 pessoas no total, de terça (2) a quinta (4), e a margem de erro é de três pontos percentuais nas duas primeiras cidades e de quatro pontos nas duas últimas, para mais ou para menos.

A percepção da maioria reflete a realidade. Nessas quatro capitais, a proporção de mulheres e negros nas Câmaras Municipais é de fato ainda muito inferior à de suas populações, mesmo com as novas regras impostas pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e outros órgãos nos últimos anos para tentar mitigar desigualdades.

Em São Paulo, por exemplo, apenas 13 dos 55 vereadores em exercício são mulheres (24%), menos da metade do percentual de mulheres na sociedade, apesar de ser um recorde. Apenas 11 se declaram negros ou pardos (20%), enquanto a participação desses grupos na metrópole chega a 43%.

O cenário de sub-representação se repete em outras Câmaras Municipais: tanto no Rio quanto em Belo Horizonte e Recife, as mulheres não ultrapassam um quarto do total de parlamentares, e os pardos e pretos não chegam a 40%, sendo a maioria de suas respectivas populações é negra.

A capital pernambucana tem as piores notas, com apenas 7 de suas 39 cadeiras legislativas ocupadas por vereadores (18%) e apenas 11 por negros (28%) – contra 61% de seus habitantes.

Desde 2020, os partidos devem distribuir os recursos do fundo eleitoral e o tempo publicitário gratuito proporcionalmente ao número de candidatos negros e brancos. As mulheres devem representar 30% dos candidatos e receber pelo menos 30% dos fundos públicos de campanha.

A maioria dos partidos, porém, violou essas regras nas duas últimas eleições, sem punição. Começou então um esforço para tentar aprovar a chamada PEC da Anistia, proposta de emenda constitucional que perdoa o descumprimento.

A Câmara dos Deputados tentou votar o texto em outubro do ano passado em comissão especial, mas uma forte reação contrária bloqueou a medida. No mês passado, o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), voltou a trazer o assunto à tona e incluiu-o na pauta de votação, mas depois recuou.

Quaisquer alterações não serão válidas nas eleições de 2024, porque o prazo para isso já expirou, mas a tramitação da PEC e também a chamada mini-reforma eleitoral (que impacta as atuais ações afirmativas) cria insegurança jurídica para a participação de negros e pardos este ano, dizem os especialistas.

GÊNERO E COR TÊM POUCA INFLUÊNCIA PARA PREFEITO

Mesmo acreditando que a representação na política é insuficiente, em geral, a maioria dos entrevistados pelo Datafolha nas quatro capitais afirma que o gênero, a cor, a orientação sexual ou a religião dos candidatos não fariam diferença na escolha do prefeito.

Dentre essas características, a que mais influenciaria positivamente é o gênero: 14% a 19% dos eleitores afirmam que teriam maior probabilidade de votar em uma candidata mulher, dependendo da cidade. Ser ateu tem a influência mais negativa: 16% a 29% teriam menos probabilidade de escolher isso.

O fato de um postulante ser evangélico, por sua vez, tem impacto tanto positivo quanto negativo. Se, por um lado, 10% a 14% dos inquiridos referem ter maior probabilidade de escolher este candidato, por outro, 12% a 16% dizem que teriam menor probabilidade de o escolher.

Em geral, o fator religião tem mais influência em Belo Horizonte e Recife do que em São Paulo e Rio, ainda que as diferenças entre as capitais estejam dentro da margem de erro da pesquisa.



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