Lula vai a Nova York para a 79ª Assembleia Geral d…

O discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na abertura da 79ª Assembleia Geral das Nações Unidas, seus temas centrais serão inclusão, combate à fome, transição energética e reforma da governação global. O presidente partiu neste sábado, 21, para Nova York e seu discurso abrirá o evento, na próxima terça-feira, 24. É tradição o Brasil fazer o discurso de abertura da assembleia que reúne 193 países. A 79ª edição será presidida pelo embaixador Philémon Yang, dos Camarões.

Este ano, o tema do encontro é “Unidade na diversidade, para a promoção da paz, do desenvolvimento sustentável e da dignidade humana para todos, em todos os lugares”. Além dos eventos na sede da ONU, Lula deverá participar de reuniões bilaterais. O evento acontece num momento em que os incêndios prejudicam a popularidade do presidente. A mais recente pesquisa do Ipec mostra que embora a avaliação do governo Lula permaneça estável, com 35% de “excelente e bom” e 34% de “ruim e péssimo”, a questão ambiental tem pesado na avaliação da gestão em nível recorde por área. A análise setor por setor revela que a desaprovação registrou o maior aumento justamente no aspecto ambiental. O total de “ruins e péssimos”, que era de 33% em abril, subiu para 44%, impulsionado principalmente pelos entrevistados das regiões Norte e Centro-Oeste, onde estão a Amazônia e o Pantanal, cujo futuro está cada vez mais ameaçado.

Antes da Assembleia, Lula discursará, no domingo, dia 22, justamente na chamada Cúpula do Futuro, também da ONU, ao lado de outros líderes mundiais. O presidente participará na primeira sessão da cimeira, convocada pelo secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres. o presidente será o segundo a falar.

O O evento apresentará formas de enfrentar as crises de segurança emergentes, acelerar a realização dos 17 Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e enfrentar as ameaças e oportunidades das tecnologias digitais. A dimensão ambiental é um dos eixos dos objetivos estabelecidos. A Cúpula acontece até 23 de setembro e deverá adotar, por consenso, o Pacto para o Futuro, documento que contém compromissos sobre o futuro do sistema multilateral.

Na terça-feira, 24, o presidente Lula também copresidirá a mesa redonda “Em defesa da democracia, combatendo o extremismo”, juntamente com o presidente do Governo da Espanha, Pedro Sánchez. O objetivo é debater com outros líderes o fortalecimento das instituições democráticas e o combate à desigualdade, à desinformação e ao extremismo.

O Ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, deverá realizar reuniões bilaterais com outros chanceleres e participará de reuniões de alto nível de diversos grupos e mecanismos de consulta e diálogo, como G20, G4, L.69, G77/China , BRICS, IBAS e Grupo de Contato de Ministros das Relações Exteriores da América do Sul.

(Com agências)