O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), afirmou, nesta quarta-feira (29/5), que se reuniu com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e que lhe foi solicitada maior “organização” na articulação política junto ao Congresso Nacional, especialmente em sessões como análise de vetos. O parlamentar comentou a derrubada do veto às libertações temporárias de presos do regime semiaberto, as chamadas saídas.
“Ele (Lula) está absolutamente tranquilo, tem 78 (anos), já levou surra, já comemorou, já chorou, já riu, então isso não assusta ele. (…) Precisamos melhorar a nossa organização neste processo governamental e legislativo. Envolverá uma conversa sistemática mais próxima”, explicou.
O Congresso aprovou o fim do benefício, com exceção de viagens para fins de estudo ou trabalho, e Lula vetou um trecho que proibia visitas a familiares. “Aqui todos votamos como se Deus nos ajudasse. Todos sabemos que as questões económicas são tratadas de forma diferente. A matéria, genericamente chamada de alfândega, processa-se de outra forma. Quando me perguntam ‘qual é a base?’, depende do tema”, declarou o senador aos jornalistas.
Ao descontinuar, Jaques avaliou que os demais vetos foram derrubados e a manutenção do veto do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ao projeto de lei que revogou a Lei de Segurança Nacional (LSN) —o que, segundo o texto, configuraria infração às fake news promover ou financiar “campanhas ou iniciativas de divulgação de fatos inverídicos capazes de comprometer o processo eleitoral” — não eram “questões programáticas” para o governo.
“O que para nós era essencial, manteve-se tudo: questões orçamentais, tudo. Considero uma vitória porque o que era essencial na economia do funcionamento do Estado foi todo mantido ou retirado das suas questões”, analisou o dirigente. Para Jaques, o que alguns veem como uma série de derrotas para o governo, é, na verdade, consequência de uma política “totalmente bipolarizada, fanatizada, alguns já estão em campanha eleitoral para 2026, seja no Senado ou para o Senado”. Presidência da República”.
Reclamações constantes entre os parlamentares, a mudança do líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), não está sendo discutida. Deputados relatam que não são procurados por Randolfe para traçar negociações em torno do veto. Segundo análise de Jaques, esse é um ponto que requer atenção.
“Tem um sistema aqui (no Congresso), por exemplo, tem uma semana de vetos. Todo mundo tem que sentar, é preciso saber quem liderou as negociações lá embaixo. (…) É preciso uma melhor sintonia”, disse o parlamentar.
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