O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu maior participação do governo federal na segurança pública dos estados, como prevê a proposta de emenda à Constituição (PEC) sugerida pelo ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski. O chefe do Executivo, porém, admitiu que pode haver resistência dos governadores à iniciativa.
Lula argumentou que “os Estados sozinhos não são capazes” de enfrentar o crime organizado. “É preciso que o governo federal participe, não só com o repasse de dinheiro. Sou a favor que tenhamos mais Polícia Federal, que possamos participar mais do processo de segurança, principalmente no combate ao crime organizado, ao tráfico de drogas , facções, porque hoje tomaram o Brasil”, frisou, em entrevista à Rádio Sociedade, em Salvador.
Segundo Lula, “se você for aos garimpos de Roraima, vai enfrentar o tráfico de drogas e o crime organizado”. “Se você for para o Acre, você vai enfrentar o crime organizado. Então, é uma coisa mais delicada. Acho que os estados, sozinhos, não conseguem dar conta. O que a gente quer é fazer uma proposta para aprovar uma PEC que defina o papel de cada um, mas que demos ao povo a certeza de que teremos mais segurança pública no país”, afirmou.
Segundo o petista, uma reunião para discutir o assunto deverá ocorrer em breve. “Daqui a 10 a 15 dias vou ligar para Lewandowski e todos os ministros que foram governadores de estado (…) para que possamos fazer uma proposta de segurança pública, sabendo que enfrentaremos a recusa de muitos governadores”, destacou.
Disse ainda que “muitas vezes, os coronéis que cuidam da PM não obedecem às instruções do governador” e “agem com agressividade desnecessária”.
“Vamos enfrentar a recusa de muitos governadores porque muitos reclamam da segurança pública, mas não querem abrir mão do controle das Polícias Civil e Militar. Quem já foi governador sabe, é muito difícil cuidar da segurança pública e, muitas vezes, os coronéis que comandam a Polícia Militar não obedecem às instruções do governador, muitas vezes são agressivos desnecessariamente, então precisamos repensar”, completou.
O chefe do Executivo negou “interferência”. “O que queremos saber é se é necessária a participação do governo federal, e não apenas transferindo dinheiro”, sustentou.
Sem fronteiras
Em artigo no portal jurídico Conjur, no último domingo, Lewandowski argumentou que a segurança pública “há muito deixou de ser um problema local e passou a ser uma questão nacional, considerada crime organizado, cujas atividades transcendem as fronteiras do estado e até mesmo as do próprio país”. “. “Por isso, seu enfrentamento requer um planejamento estratégico liderado pelo governo central. Os estabelecimentos prisionais, hoje majoritariamente controlados pelos estados e pelo Distrito Federal, também exigem tratamento semelhante”, ressaltou.
Ele destacou a necessidade de modernizar a Constituição. “Além disso, seria oportuno conferir à União competência para editar normas gerais sobre segurança pública e sistema prisional, visando uniformizar a atuação dos entes subnacionais nesses setores, sem prejuízo de sua competência para regular seus interesses específicos.”
emprestimo do inss
empréstimo para consignados
simular um empréstimo consignado
simular empréstimo picpay
simular emprestimo picpay
como fazer emprestimo no picpay
emprestimo consignado no inss
blue emprestimo
simulação empréstimo picpay
emprestimo consignado simulação
inss empréstimos