Nos últimos dias, o presidente da Câmara, Artur Lira (PP-AL), fez dois movimentos para tentar encaminhar sua própria sucessão ao comando da Casa. Mudando o roteiro inicialmente traçado, abandonou a candidatura do líder do União Brasil, Elmar Nascimento (BA), seu amigo e até então considerado favorito no pleito marcado para fevereiro, e abraçou o nome do deputado Hugo Motta, do Republicanos de Paraíba, com quem também mantém uma relação de amizade.
A ação de Lira, como sempre, foi motivada pelo pragmatismo. Ao perceber que dificilmente Nascimento conseguiria o apoio necessário para vencer a disputa, Lira passou a trabalhar para Motta, que, segundo deputados de diversos partidos, tem mais condições de construir consensos e unir a Casa. O presidente da Câmara ainda não anunciou oficialmente seu apoio a Motta, mas posou para foto com ele e outras lideranças partidárias, a fim de indicar sua nova opção e fortalecê-la. Nascimento, obviamente, não participou da reunião.
Presidente da Câmara é acusado de traição
O líder do União Brasil se sentiu traído por Lira e, apesar do revés, não desistiu da disputa. crítico ferrenho de Lula Na última campanha presidencial, Nascimento foi ao Palácio do Planalto para tentar se manter vivo na disputa. Primeiro, conversou com o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, antipatia pública e notória do presidente da Câmara. Também foi divulgada uma foto desse encontro, alimentando a guerra de imagens.
No dia seguinte, Nascimento conversou com o próprio Lula. Mais uma vez, ouviu dizer que não há veto governamental à sua candidatura à chefia da Câmara. Nas audiências com o ministro e o presidente, o deputado declarou que seu plano é — junto com o líder do PSD na Câmara, Antonio Brito, também candidato ao cargo — reunir siglas governistas em torno de uma candidatura única para enfrentar Hugo Motta, que deve receber apoio formal do PL de Jair Bolsonaro.
Jogando ainda, mas nem tanto
Em manifestações públicas, Lula já declarou que Lira tem o direito de trabalhar para criar um sucessor e que o governo não interferirá na disputa na Câmara, assunto de competência do Legislativo. O presidente, por enquanto, só tem uma prioridade definida: não arranjar briga com nenhum dos candidatos ao cargo, para não correr o risco de ver a tempestuosa relação entre Eduardo Cunha e Dilma Rousseff reeditada em seu terceiro mandato, o que lhes custou suas respectivas posições para ambos.
Se Lira mexe os cacos para tentar consolidar o nome de Hugo Motta o mais rápido possível, Lula e o PT jogam com o tempo e pretendem definir sua posição no caso só muito próximo do dia das eleições. Na prática, eles esperam que, até lá, um dos concorrentes se torne tão favorito que nem haja disputa pela posição. Este seria o melhor de todos os mundos para o governo, que passaria pelo processo sem o estresse que Lira sofre atualmente.
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