Lula e Bolsonaro travam duelo parelho como cabos eleitorais no Rio e em SP

Os líderes políticos mais populares do país, Lula (PT) e JairBolsonaro (PL) estimular o polarização e querem fazer das eleições municipais deste ano uma extensão da disputa que travaram na corrida presidencial de 2022. Os dois têm participado pessoalmente da criação de alianças e da formação de chapas nos maiores colégios eleitorais, sempre com o mesmo objetivo: demonstrar que têm mais força como cabo eleitoral que o seu rival.

Em São Paulo, o presidente tem mais potencial de transferência de votos do que seu antecessor. Segundo procurar Genial/Queest, 29% dos entrevistados gostariam que o próximo prefeito da cidade fosse aliado de Lula, enquanto 19% preferem alguém patrocinado por Bolsonaro. Para metade dos consultados, porém, o ideal é a eleição de um nome independente —nem Lula nem Bolsonaro.

Na capital paulista, o petista também enfrenta menor rejeição. Do total de entrevistados, 53% disseram que não votariam em um desconhecido indicado por Lula. O percentual no caso de Bolsonaro é de 63%. Além disso, 32% afirmaram que poderiam votar em candidato endossado pelo petista —e apenas 24% em candidato alinhado ao capitão.

Outro lado da escala

No Rio de Janeiro a situação se inverte e Bolsonaro tem se mostrado até agora mais forte como militante eleitoral. Segundo Genial/Quaest, o percentual de intenção de voto para o prefeito Eduardo Paes (PSD), que é de 51%, cai para 47% quando o entrevistado é informado do apoio de Lula a ele. Como a redução ocorre dentro da margem de erro, não é possível dizer que o presidente atrapalha Paes, mas é claro que ele também não acrescenta nada ao candidato à reeleição, que resiste em dar lugar ao vice-presidente. a passagem para o PT.

Alexandre Ramagem (PL) cresce quando os eleitores ficam sabendo que ele tem o apoio de Bolsonaro. E cresce significativamente, passando de 11% para 29% das intenções de voto. Por enquanto, os posicionamentos do presidente e do ex-presidente nas duas maiores cidades do país reproduzem o cenário registrado em 2022. Na última eleição presidencial, Lula venceu na capital paulista, e Bolsonaro na capital fluminense.