Criado para punir juízes que pratiquem irregularidades, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) recebeu, em sigilo, autoridades de Mato Grosso dias após o assassinato do advogado Roberto Zampieridezembro passado. Portando informações comprometedoras, disseram ao CNJ que o conteúdo do celular do advogado morto era explosivo e continha nomes de grandes empresários, desembargadores, desembargadores e Ministros do STJ cujos assessores faziam parte de um esquema de venda de sentenças judiciais.
Com a coleção do telefone em posse de Polícia Federalo que se descobriu agora é que a própria quadrilha afirmava ter contatos no colegiado responsável pelo controle externo do Judiciário. O objetivo seria monitorar possíveis processos contra juízes parceiros e tentar bloquear investigações incômodas contra aliados.
Em um dos casos, procurado pelo lobista Andreson de Oliveira Gonçalves, o conselheiro do CNJ Luiz Fernando Bandeira de Mello acessa o sistema interno do colegiado. Ele havia recebido matéria jornalística do lobista que denunciava a existência de denúncia criminal contra o juiz João Ferreira Filho, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, que atuava em suposta parceria com advogado para favorecer um agricultor.
Ferreira Filho foi recentemente afastado do cargo por ordem do mesmo CNJ, que considerou que o magistrado mantinha relação de amizade com Zampieri e recebia dele vantagens financeiras e presentes para julgar de acordo com os interesses do defensor.
Na conversa, Bandeira lê o relatório enviado pelo interlocutor e, posteriormente, verifica se há algo contra Ferreira Filho no sistema interno do CNJ. “Eu li agora. Mas ele não fala nada sobre o CNJ, fala sobre notícias policiais, na área criminal. Não encontrei nada de novo no sistema com o nome dele até agora”, afirma. “Obrigado amigo”, responde Andreson. O caso está sendo investigado pela PF. VEJA Bandeira de Mello disse que consultou um caso cujas informações não eram confidenciais. “Eu venho do Congresso. Por definição, converso com todo mundo e não tinha motivos para não ser cortês com ele. Mas devo dizer-lhe que comigo ele [Andreson] ele nunca falou sobre esses arranjos que estão sendo investigados”, afirmou.
Não foi a primeira vez que o lobista entrou em contato com contatos do CNJ em busca de informações. Em determinado momento de 2020, com a Operação Faroeste em pleno andamento, ele informou a Zampieri que uma carta confidencial havia chegado ao colegiado e solicitava dados de um denunciante que havia entregado o esquema de venda de sentença ao Judiciário baiano.
Na época, o empresário Nelson Vigolo havia confirmado em seu acordo de colaboração premiada o pagamento de valores em troca de sentenças favoráveis na Justiça. Lançada em 2019, a Faroeste investiga esquema de venda de decisões judiciais relacionadas a disputas fundiárias na Bahia.
Em 2022, houve outra ofensiva de Andreson Gonçalves junto ao CNJ, revelaram mensagens salvas no celular de Roberto Zampieri. Na época, ele informa que acionou um desembargador auxiliar da Corregedoria para acompanhar se havia inquérito administrativo contra um sócio. “Se chegar alguma coisa lá, ele vai pegar e organizar para ficar arquivado”, escreveu o lobista ao advogado.
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