12/04/2024 – 14h04
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Lira: “Todos os setores afetados por essas medidas já estão se movimentando”
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmou que o governo precisará trabalhar e conversar muito para conseguir aprovar o pacote fiscal neste ano. O conjunto de propostas encaminhadas pelo Poder Executivo prevê redução de despesas em até R$ 70 bilhões em dois anos.
Lira disse que o Congresso Nacional foi muito responsável nos últimos anos e cumpriu o seu papel na votação de assuntos sensíveis e importantes para o desenvolvimento do país, especialmente em questões de responsabilidade econômica e fiscal. Porém, reconheceu que o momento é de instabilidade, principalmente pelas mudanças nas regras de pagamento de emendas parlamentares.
“Vai exigir trabalho, convencimento, diálogo. O Congresso não estará ausente, mas estamos num momento de grandes turbulências e problemas que não são inerentes à harmonia dos Poderes, na circunscrição do que cada Poder deve fazer”, disse.
Divergências
Segundo Lira, o governo está empenhado em convencer os parlamentares da importância da aprovação do pacote, mas há deputados que defendem medidas fiscais mais rígidas e amplas e outros que são contra as restrições previstas no pacote que busca conter o aumento dos gastos sobre saúde e educação.
“Não sei se haverá apoio de partidos de esquerda para uma agenda como essa, por exemplo. Irá o governo aprová-la com o voto contra dos partidos de esquerda? Essa discussão terá que ser mais aprofundada”, questionou Lira.
“Todos os setores afetados por essas medidas já estão em Brasília e todo mundo está se movimentando, essas medidas precisam ser votadas nessas três semanas porque temos um orçamento para entregar até o final do ano e precisa ser enquadrado dentro desse corte , essa redução na velocidade do gasto”, afirmou o presidente.
Urgência
O presidente afirmou ainda que pretende colocar em votação hoje o regime de urgência dos dois projetos que tratam do pacote tributário. Uma delas prevê limitar o ganho real do salário mínimo aos limites do arcabouço tributário (PL 4614/24). Ou seja, salário mínimo corrigido pela inflação e ganho real entre 0,6% e 2,5%. A lei atual fala em inflação mais a variação do PIB. O outro é o Projeto de Lei Complementar (PLP) 210/24, que autoriza o governo a limitar a utilização de créditos tributários caso haja déficit nas contas públicas.
Segundo ele, o governo não tem votos para aprovar nem mesmo a urgência dos projetos no Plenário. A urgência foi mencionada na sessão de ontem, mas foi afastada devido às novas regras estabelecidas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Flávio Dino, quanto ao pagamento de emendas.
“A PEC e os projetos de corte de gastos são importantes para preservar o desenho do marco, sabemos o que está causando a instabilidade do dólar, por exemplo, e temos que tratar isso com muita responsabilidade, mas são muitas variáveis que estão acontecendo (como a decisão do Dino), que não dependem do Congresso”, afirmou.
PEC
Sobre a terceira proposta do pacote fiscal, que estabelece corte gradual no acesso ao abono salarial de um salário mínimo por ano (PEC 45/24), Lira afirmou que o governo pediu que a proposta fosse retirada da pauta do Constituição e Justiça porque não teve votos para aprovar a constitucionalidade do texto. O presidente informou que vai agilizar a tramitação da PEC para tramitar juntamente com outro texto semelhante que está pronto para ser votado no Plenário.
“Vou procurar um que seja compatível com a jurisprudência da Câmara e ver as instruções que o permitem e anexar a um que esteja pronto para o Plenário e arranjar um relator que irá dialogar de forma eficaz e rápida. Eu deveria tomar essa providência ainda hoje à tarde, mas ainda temos que ter muito diálogo nessas duas semanas e meia”, explicou o presidente.
Reportagem – Luiz Gustavo Xavier
Montagem – Wilson Silveira
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