Dias antes do primeiro turno das últimas eleições, o prefeito do município de Canindé, no sertão do Cearáprocurou o Ministério Público para fazer uma reclamação. Rosário Ximenes disse ter provas de que seu adversário Carlos Alberto Queiroz Pereira, conhecido como Bebeto do Choró e disputando eleições em uma cidade próxima, fazia parte de um esquema para fraudar licitações e comprar votos em mais de 50 cidades do estado. Entre as localidades cuja disputa seria estragada, disse Rosário, estava Canindé, onde eram feitos vale-gás e pagamentos via pix em troca de votos e presença de público em carreadas. Embora grave, a denúncia provavelmente só aumentaria as estatísticas da Polícia Federal, que ao longo de 2024 apreendeu mais de 50 milhões de reais em operações de combate a crimes eleitorais, sendo quase 22 milhões em dinheiro, se não fosse um detalhe .
O prefeito afirmou que Bebeto do Choró trabalhou em parceria com o deputado federal Irmão júnior (PSB-CE). Segundo a denúncia, Mano transferiria recursos de alterações parlamentares ao aliado, que lavaria o dinheiro contratando um gestor pré-escolhido, em troca de um percentual de retorno. “O deputado concede as emendas, manda para ele e ele lava”, resumiu em seu depoimento. Como Junior Mano tem direito a foro privilegiado, o caso foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF), que já inclui diversas investigações sobre o possível uso criminoso de emendas parlamentares para fins ocultos.
Típico integrante do grupo de deputados menores de Brasília, Mano é figura recorrente nos anais do esquema de pagamentos que ficou conhecido como orçamento secreto, transferências milionárias de dinheiro público que são enviadas anonimamente às prefeituras com poucos critérios ou transparência. No auge da utilização de emendas para esse fim, o reduto eleitoral do deputado, a cidade de Nova Russas (CE), cuja prefeita é sua esposa, recebeu 80 milhões de reais em emendas não identificadas.
Como funcionou a compra de votos via pix?
Segundo relatório da Polícia Federal, conversas em aplicativos de mensagens apreendidos em celulares como o de Bebeto do Choró mostram pedidos e negociações de pagamentos via pix em troca de votos. Os eleitores comuns pedem transferências a Bebeto e garantem que, com os valores em mãos, votariam nele ou em quem ele indicar. A PF apresenta exemplos de valores modestos, como 200 e 300 reais.
No dia 28 de setembro de 2024, por exemplo, um eleitor diz para Bebeto: “você pode me dizer em quem eu voto… eu te pago… manda 200 reais para o meu PIX, manda… eu vou te pagar… vou votar em quem você quiser mandar… vou te mandar meu PIX.” O político então transfere o dinheiro através da conta bancária de um terceiro.
Dias depois, no dia 2 de outubro, o então vice-prefeito do município de Morada Nova solicita 20 mil reais no que a PF registra como “reversão da situação eleitoral”. Bebeto se compromete a resolver a demanda. Procurado, Junior Mano não quis comentar as investigações. Bebeto do Choró está foragido.
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