As últimas dúvidas sobre a participação de Bolsonaro em plano de golpe engendradas no final do governo passado caíram por terra nesta última terça-feira, 26 de novembro, quando o ministro Alexandre de Moraes retirou o sigilo do inquérito da Polícia Federal que apura os fatos em torno da referida tentativa.
O relatório de 884 páginas da PF traz, na verdade, uma avalanche de provas que incriminam o ex-presidente e sua comitiva palaciana.
O inquérito policial em questão tem tudo para entrar nos anais da persecução criminal do nosso país. Trata-se de uma obra de almanaque, sobretudo pelo minucioso detalhamento dos indícios e indícios de autoria e materialidade dos diversos crimes que investigou.
A peça, produzida por agentes federais e delegados, contou ainda com a atuação decisiva de peritos da PF, que conseguiram recuperar arquivos digitais que a quadrilha de golpistas já julgava devidamente apagados. Recuperar as conversas ocorridas entre os envolvidos foi um dos maiores trunfos da investigação.
E a Polícia Federal cancelou definitivamente a ideia de que qualquer coisa que gravássemos no celular pudesse ser apagada…
Merecem também a forma e o método como a PF interpretou e dividiu a trama em núcleos estanques que, no entanto, se completaram em seu objetivo final, que era a ruptura constitucional que culminaria no afastamento – e execução – do presidente eleito Luíz Inácio. atenção especial. Lula da Silva, o vice Geraldo Alckimin e o então presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes. O objetivo final era manter no poder Jair Bolsonaro, candidato derrotado naquela eleição de 2022.
A PF demonstrou que houve arrecadação de reuniões, elaboração de planos, criação de despachos e documentos, divisão de tarefas, atuação e pressão sobre autoridades militares, apresentação de projetos de decreto para comandantes de força, operações de rua, incitação a caminhoneiros e tendências populares , disseminação de notícias falsas sobre urnas eletrônicas, investigações invasivas e até infiltração de integrantes da conspiração em torno de Lula. Todas as atividades vinculadas pelo mesmo desenho golpista, e devidamente documentadas pela autoridade policial.
Sem falar no fatídico encontro de Bolsonaro com os embaixadores – já preparando a comunidade internacional para o que viria em breve.
A forma como o plano e as ações visando o golpe foram organizados em etapas, e extremamente disfarçados, onde a ruptura constitucional viria disfarçada de ação de “autodefesa das instituições, com apoio popular”, fez com que o trabalho do PF ainda mais complexo e desafiador.
E é risível a reação da base bolsonarista, querendo promover a ideia de que o “golpe” foi apenas uma abstração restrita ao plano do pensamento. Foram inúmeros atos e medidas concretas, por parte de Bolsonaro e de oficiais generais a ele ligados, que foram muito além de simples conjecturas.
O que vimos foi o então presidente Bolsonaro, Augusto Heleno, Braga Netto e outros. ativando atores-chave, desinformando, criando situações e manipulando uma multidão de inocentes úteis, enfim, dando passos em direção a um golpe que tinha um único objetivo: mantê-los na prisão. poder para que pudessem continuar desfrutando de seus benefícios.
Não havia ideologia em jogo. A verdadeira intenção do golpe era manter Bolsonaro e seu grupo de generais ambiciosos e deslumbrados em seus altos cargos palacianos, com compensações financeiras substanciais, seus motoristas particulares e regalias elegantes…
Os áudios das conversas dos golpistas (divulgados pelo ministro Alexandre de Moraes) nos mostram diálogos em tom destemperado, com palavrões típicos de criminosos. Ali não vemos um grupo de soldados tentando “salvar o país”, mas sim pessoas inteligentes que procuraram manter – às custas de um golpe criminoso – suas próprias boquinhas.
Na verdade, que outra motivação poderia levar oficiais generais a promoverem um golpe de Estado para manter no poder um capitão que caiu em desgraça e foi expulso do Exército, por gravíssimas transgressões?
Mas, afinal, as Forças Armadas brasileiras, como um todo, especialmente os comandantes do Exército, General Freire Gomes, e o comandante da Aeronáutica, Brigadeiro Carlos Baptista Júnior, que rejeitaram o golpe, merecem nosso respeito e reconhecimento por terem permaneceu inquebrável e leal à Constituição.
Por isso é imperativo, como diz o Ministro da Defesa José Múcio, que os Tribunais identifiquem, julguem e punam – o mais rapidamente possível – os responsáveis por esta confusão…
Temos agora uma oportunidade histórica de punir oficiais generais pela prática de atos concretos (crimes) que quase nos levaram ao abismo. Este processo criminal acabará por se tornar um divisor de águas para o amadurecimento institucional das nossas Forças.
E, finalmente, que esta situação de crime e punição sirva de lição definitiva para aqueles, civis e militares, que ainda nutrem devaneios antidemocráticos.
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