Após reunião com Lula, o secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, cancelou nesta quarta-feira, 15, a medida de acompanhamento das operações do Pix de R$ 5 mil mensais para pessoas físicas e R$ 15 mil para pessoas jurídicas. Anunciada de forma aleatória e sem nenhum cuidado na comunicação, a norma gerou uma onda de desinformação e serviu de plataforma para adversários atacarem o governo e o ministro Fernando Haddad.
Além de notícias falsas, como o vídeo de Haddad criado com inteligência artificial, o governo não conseguiu garantir à população que ela não seria tributada por movimentar mais de R$ 5 mil por mês por Pix. O argumento oficial era que, com o objectivo de combater o branqueamento de capitais, exigiria que os bancos e instituições financeiras fornecessem dados mais detalhados das transacções para “identificar irregularidades e garantir o cumprimento da legislação fiscal”.
A crise é tanta que Lula prepara uma Medida Provisória (MP) para garantir que o Pix não será tributado, e manter o sigilo bancário nesse tipo de operação, equiparando o Pix ao uso de dinheiro. O ministro da AGU, Jorge Messias, anunciou medidas para responsabilizar quem dissemina notícias falsas envolvendo a Receita Federal. “A MP protege o Pix das mentiras”, disse Messias.
O cancelamento mostra a extensão do fracasso do governo em sua política de comunicação —e isso inclui a Receita Federal, que historicamente sempre se comunicou mal, e o Ministério da Fazenda, que também não conseguiu explicar o assunto com clareza à sociedade. Como primeira missão no governo, o ministro Sidônio Palmeira lançou um vídeo semana passada em que um cachorrinho corre desesperado pela sala enquanto uma voz fora da tela diz que não haverá imposto Pix. A imagem ilustra bem o governo, perdido em meio a tanto barulho —criado em grande parte pelo próprio governo.
O ministro encomendou uma campanha de combate às fake news, mas a avaliação, aparentemente, é que nenhuma declaração poderia esclarecer o mal-entendido.
Liderada pelo deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), a oposição surfou no medo dos pequenos comerciantes e prestadores de serviços de serem taxados. De um pedestal peculiar, o Receita ele simplesmente respondeu que os cidadãos deveriam ter cuidado com fraudes e afirmou que a Constituição não permite tributação sobre transações financeiras. Foi necessária uma reunião com Lula no Planalto para que as coisas ficassem claras.
Fernando Haddad e o governo deveriam lembrar como a acusação de impostos excessivos — elemento central na derrota de Marta Suplicy em 2008, quando a atual ministra era sua secretária da Fazenda — pode ser fatal. A oposição está permanentemente à procura de qualquer brecha para reforçar isso, não é por acaso que desde 2023 recebeu o apelido de “Fernando Taxado”.
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