O Governo Lula fez uma transferência especial de R$ 397,4 milhões para Minas Gerais em um único dia. No total, a medida de transferência direta a estados e municípios, conhecida como “emendas PIX”, transferiu R$ 4,48 bilhões para todo o país no mesmo período, sendo Minas o segundo estado que mais recebeu.
A transação foi realizada dentro do prazo máximo de pagamento das alterações do Executivo. A Lei Eleitoral 9.504/1997 proíbe “transferências voluntárias” da União para estados e municípios nos três meses anteriores às eleições, que terão primeiro turno no dia 6 de outubro.
De acordo com o portal SIGA o Brasil, sistema de informação orçamentária federal do Senado, o repasse foi realizado no dia 3 de julho. Conforme aponta o site Poder360, o valor é observado como a diferença entre os valores disponíveis entre os dias 3 e 4 de julho, já que o sistema tem atraso de um dia na atualização.
Esse valor é destinado ao estado e às modalidades de Transferências Parlamentares (RP). Assim, poderão ser utilizados pelo Governo de Minas Gerais, além das parcelas destinadas às bancadas parlamentares. De acordo com o levantamento realizado para o Estado de Minas Segundo o cientista político e assessor orçamentário do Congresso Nacional, Victor Dittz, o valor repassado faz de Minas Gerais o segundo estado que mais recebeu valores de “emendas pix”.
Minas fica atrás apenas de São Paulo no ranking, que recebeu R$ 401 milhões em alterações individuais. Posteriormente, o estado da Bahia recebeu R$ 365 milhões, o Rio Grande do Sul recebeu R$ 351 milhões e o Paraná, com R$ 237 milhões. A lista completa está no final do artigo.
Dos senadores mineiros que mais receberam transferências, Rodrigo Pacheco recebeu R$ 17,1 milhões, Cleitinho (PRB) recebeu R$ 15,4 milhões e Carlos Viana (Podemos) recebeu R$ 12,4 milhões. Entre os deputados federais, Pinheirinho (PP) e Luiz Fernando Faria (PSD) receberam o mesmo valor, R$ 10,8 milhões, Samuel Viana (PL) recebeu R$ 10,2 milhões, Euclydes Pettersen (PRB) recebeu R$ 10,1 milhões e Zé Vitor (PL) recebeu R$ 10 milhões.
Segundo Dittz, cabe a quem recebeu o aditivo indicar a destinação do valor, sem necessidade de aprovação prévia do Governo Federal, sendo responsável pela execução e posterior prestação de contas. Ele explica que o valor é calculado com base nas transferências já comprometidas: “O valor das transferências refere-se a 57% de todos os aditamentos especiais de transferências já comprometidos”. O pagamento dos outros 43%, segundo o assessor, “será até depois do fim do selo eleitoral”.
A Emenda Constitucional nº 105 define que o valor da transferência especial não integra a receita federal do Estado ou município para fins de distribuição e cálculo dos limites de gastos com pessoal ativo e inativo.
“Esse dinheiro só pode ser usado em obras de infraestrutura, por isso é um investimento”, afirma o deputado federal Reginaldo Lopes. Para o EMLopes explica que esse valor é depositado diretamente nas contas dos estados e municípios, podendo ser utilizado para obras como construção de postos de saúde, pontes, pavimentação de estradas, rodovias, ruas, entre outros investimentos.
No entanto, ele explica que esse valor repassado é voluntário, sem ser obrigatório pela Constituição. “Se não quiser enviar dinheiro para um estado, posso, porque é uma transferência voluntária. Mas quando falamos em transferências constitucionais, não há como o governo escolher para quem repassar ou não”, explica.
O valor de R$ 397 milhões, por ser destinado a obras e infraestrutura, não poderá ser aplicado nos segmentos de cultura, entretenimento e gastronomia, por exemplo. “Se não houver transferência constitucional, os estados param. Não haveria nem assistência médica”, diz Lopes. “Ou esse valor seria repassado aos estados agora ou só depois das eleições.”
Confira os valores que cada estado recebeu:
Em ordem alfabética
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Acre: R$ 101.669.869
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Alagoas: R$ 109.812.428
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Amazonas: R$ 99.395.525
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Amapá: R$ 114.253.384
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Bahia: R$ 365.397.615
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Ceará: R$ 204.363.497
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Distrito Federal: R$ 10.037.667
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Espírito Santo: R$ 87.016.744
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Goiás: R$ 153.800.229
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Maranhão: R$ 211.621.496
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Minas Gerais: R$ 397.448.110
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Mato Grosso do Sul: R$ 77.546.427
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Mato Grosso: R$ 108.864.928
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Pará: R$ 187.237.511
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Paraíba: R$ 135.385.358
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Pernambuco: R$ 201.111.194
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Piauí: R$ 156.089.554
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Paraná: R$ 237.556.861
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Rio de Janeiro: R$ 66.262.450
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Rio Grande do Norte: R$ 99.926.253
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Rondônia: R$ 116.178.149
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Roraima: R$ 103.296.326
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Rio Grande do Sul: R$ 351.479.860
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Santa Catarina: R$ 174.018.075
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Sergipe: R$ 109.901.896
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São Paulo: R$ 401.438.616
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Tocantins: R$ 102.278.901
*Estagiário sob supervisão do subeditor Humberto Santos
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