A imagem de Lula descendo a rampa do Palácio do Planalto em direção à Praça dos Três Poderes, onde um pequeno grupo de petistas o esperava, é um bom resumo do erro político cometido pelo governo ao transformar o que poderia ter sido um celebração da resiliência em um ato partidário. da sociedade para a democracia.
A grande maioria dos brasileiros (86%, segundo Quaest) rejeita o atentado de 8 de janeiro de 2023 em Brasília, o epílogo da trama de conspiração para um golpe de Estado desenvolvida no segundo semestre de 2022, diferentes investigações e processos judiciais demonstrar.
A cerimônia no Planalto e a manifestação na praça esvaziada atestam a dificuldade do governo e do PT em evitar a apropriação da história, assimilar as diferenças e aceitar alianças políticas na vida real.
A frente eleitoral que ajudou Lula a vencer em 2022 foi sufocada durante a transição governamental. Optou-se preferencialmente por maiorias ocasionais no Congresso, a partir da liberação de recursos federais. O resultado está aí: as investigações sobre as emendas parlamentares têm o potencial de transformar 2025 num ano de escândalo político.
Paralelamente, há uma crise de confiança no governo que poderá afetar o projeto eleitoral de Lula para 2026. O cenário econômico está longe de ser apocalíptico, mas é perceptível o desconforto ou a insatisfação dos eleitores.
Pesquisa do instituto Ipespe para a Federação de Bancos, realizada no final de dezembro, mostra os aspectos da economia onde predomina o pessimismo do eleitorado para este semestre:
• Inflação e custo de vida: 68% acreditam que aumentará — um aumento de 22 pontos percentuais em relação a dezembro de 2023, quando 46% mantiveram essa expectativa. O índice só fica abaixo desse patamar entre os eleitores que têm formação universitária (cai para 60%) e têm renda acima de 5 salários mínimos (59%);
• Taxa de juro: 68% acreditam que a taxa de juros aumentará, refletindo o avanço da inflação —um aumento de 22 pontos em relação a dezembro de 2023 (46%). O aumento esperado ultrapassa 60% em todos os segmentos e regiões;
• Dívida pessoal: 65% acreditam que vai aumentar — 15 pontos a mais que no final de 2023 (55%). O aumento esperado também é superior a 60% em todos os segmentos e regiões;
• Impostos: 64% acham que vão aumentar — 9 pontos a mais que em dezembro de 2023 (55%). O índice fica abaixo de 60% na faixa etária de 60 anos ou mais (59%), entre aqueles com nível superior e renda acima de 5 salários mínimos (57% ambos), e na região Centro-Oeste (58%);
• Poder de compra: 44% acreditam que irá diminuir — 10 pontos a mais que em dezembro de 2023 (34%). O pessimismo é maior entre os homens (51%) e entre os mais jovens (50%). Os grupos minoritários são aqueles que acreditam que o rendimento aumentará (31%) e aqueles que acreditam que permanecerá o mesmo (23%).
A somatória da pesquisa com a imagem de Lula descendo a rampa do Planalto em direção à Praça dos Três Poderes para encontrar um pequeno grupo de militantes do PT sugere uma situação eleitoral crítica, em que o governo permanece monofônico e com permanente falta de aliados. A síndrome da “bolha” foi uma característica do período Jair Bolsonaro, derrotado nas urnas por Lula com uma frente eleitoral improvisada. Como ensinou Miguel Arraes, uma lenda política do sertão pernambucano, só se ganha uma eleição com o voto dos outros.
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