11/06/2024 – 20:51
Renato Araújo/Câmara dos Deputados
Hauly: “O cerne da reforma é a coleta automática, impessoal e atemporal”
O subsecretário da Receita Federal, Juliano Neves, disse que os órgãos públicos já trabalham nos sistemas de cálculo, arrecadação e distribuição dos novos impostos sobre o consumo previstos na reforma tributária, embora as regulamentações ainda não tenham sido aprovadas (PLPs 68 e 108/24). Explicou aos deputados do Grupo de Trabalho do Comité Diretor do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) que tudo precisa de estar pronto no prazo de um ano para que as empresas tenham tempo para adaptar os seus sistemas.
Juliano Neves garantiu que a tecnologia existe para que as operações sejam realizadas praticamente em tempo real.
“Não há mistério, em termos de tecnologia, que podemos receber documentos fiscais, igualar os créditos que o contribuinte já adquiriu em sua cadeia e devolver-lhe esse crédito no mesmo dia, no mesmo horário, a cada três dias, o que for melhor para o sistema tributário”, afirmou.
O subsecretário afirmou que o IBS é estadual e municipal e a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) é federal, mas o contribuinte verá apenas um sistema na internet. Os dados, segundo ele, serão armazenados em uma nuvem governamental e as empresas receberão ferramentas para cálculo de impostos.
Enzo Megozzi, da Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação e Tecnologias Digitais, pediu que os associados possam participar de debates sobre as soluções tecnológicas que estão sendo desenvolvidas.
O deputado Luiz Carlos Hauly (Podemos-PR) se empolgou com a notícia sobre a implantação dos sistemas.
“Para mim, o cerne da reforma é a cobrança automática, impessoal e atemporal. O imposto pertence ao povo. É ele quem paga. Tem que chegar limpo, limpo, sem nenhuma interferência como tem hoje. Hoje, o consumidor paga pela guerra fiscal, pela inadimplência, pela burocracia, pelo planejamento tributário. Isso vai desaparecer”, afirmou o deputado.
Escritórios de advogados
Representantes dos advogados da área financeira criticaram na audiência a falta de participação da categoria em alguns órgãos e processos do comitê gestor do IBS.
Melissa Castello, da Fundação Escola Superior de Direito Tributário, disse que o texto do projeto não prevê que o Ministério Público resolva diferenças na interpretação da lei entre dois estados, por exemplo. Ela também sugeriu que as reuniões do conselho diretivo tivessem representantes do Ministério Público como consultores jurídicos.
O especialista disse ainda que o prazo de 180 dias para cada governo enviar a arrecadação de impostos ao Ministério Público deverá ser reduzido para 90 dias devido à maior automatização dos processos.
Relatório – Silvia Mugnatto
Edição – Ana Chalub
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