A recente polêmica envolvendo o Pix, os rumores sobre uma nova cobrança tributária e a reação do governo federal têm sido o centro das atenções nos últimos dias. Esta controvérsia criou um grande problema para Fernando Haddad (PT) e o frustrado ministro da Presidência, Camilo Santana (PT, Educação), que queria manchetes para seu novo programa de incentivo ao ensino.
Em meio à confusão, o presidente Lula (PT) publicou a Medida Provisória número 1.288 para garantir que os pagamentos via Pix recebam o mesmo tratamento que os pagamentos em dinheiro. Lojas físicas ou virtuais não podem cobrar valores adicionais ou definir preços diferenciados para quem usa o Pix. A MP reforça ainda que não há tributação sobre o Pix e classifica como “abusiva” toda e qualquer cobrança de taxas extras para pagamentos digitais, que estão sujeitas às punições previstas no Código de Defesa do Consumidor.
Mas decidir esse assunto por meio de Medida Provisória pode ser um erro estratégico. Envolver a Advocacia-Geral da União (AGU) e o Banco Central no combate às notícias falsas também é uma atitude amadora. A AGU, responsável por representar a União judicial e extrajudicialmente, foi chamada para estudar possíveis medidas judiciais contra quem divulga informações falsas sobre a tributação do Pix, incluindo políticos da oposição. O Banco Central também usou suas redes sociais para desmentir rumores sobre a tributação do Pix e a suposta violação do sigilo bancário dos usuários.
Os próximos passos do jogo estarão no Congresso Nacional. Após a publicação da MP, é formada uma comissão com deputados e senadores para analisá-la. Há um prazo para os parlamentares apresentarem emendas. A comissão mista analisa então o texto e pode propor alterações. Somente após aprovação na comissão, a MP vai para votação nos plenários da Câmara e do Senado, devendo ser aprovada em até 120 dias para não perder a validade.
Esse período é mais que suficiente para que a oposição irrite o governo não só com boatos, mas também com o uso estratégico de regras regulatórias. Cada discurso no plenário sobre a MP gerará notícias, vídeos e memes. E, neste jogo, o Planalto atua como se estivesse na Série C sem treinador.
Por fim, chama a atenção para o fato de a MP ter sido publicada sem “fundamentação”, documento que normalmente acompanha esse tipo de norma desde 2002. Embora essa ausência não seja ilegal e possa ser corrigida nos próximos dias, a falta Essa justificativa formal é, no mínimo, peculiar e pode levantar ainda mais questionamentos sobre a real motivação do governo em editar a Medida Provisória.
Sérgio Praça é doutor em Ciência Política pela USP. Publicou, entre outros, os livros “Guerra à Corrupção: Lições da Lava Jato” e “Corrupção e Reforma Orçamentária no Brasil”
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