Golpismo de Bolsonaro e crises na segurança alimentam silêncio de Tarcísio

Golpismo de Bolsonaro e crises na segurança alimentam silêncio de Tarcísio



SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Com o padrinho Jair Bolsonaro (PL) indiciado pela Polícia Federal na investigação do plano golpista e enfrentando sucessivas crises de segurança pública, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), evitou falar com a imprensa sobre esses assuntos.

Considerado sucessor do ex-presidente, que é inelegível, e possível candidato à Presidência da República em 2026, o governador não detalhou o que pensa sobre a investigação da PF segundo a qual Bolsonaro planejou, agiu e teve controle do golpe plano.

Na quarta-feira (27/11), o UOL revelou que Tarcísio estava no Palácio da Alvorada na tarde do dia 19 de novembro de 2022, quando Filipe Martins discutiu o projeto de golpe com Bolsonaro, segundo a PF. O gabinete do governador afirma que ele visitou Bolsonaro, mas não esteve na reunião com Martins.

No dia seguinte à revelação, Tarcísio participou do leilão da concessão de Nova Raposo, mas mais uma vez saiu do local sem se encontrar com os jornalistas.

Apesar de ter defendido Bolsonaro por meio de postagem nas redes sociais, Tarcísio não comentou, por exemplo, informações trazidas à tona pelo relatório final da investigação da PF, tornado público nesta terça-feira (26). A PF afirma, por exemplo, que o ex-presidente tinha conhecimento de um plano para matar Lula (PT), Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal).

Presente na inauguração de uma metalúrgica em Mogi Guaçu (SP), na manhã desta quarta, Tarcísio foi questionado por jornalistas sobre a reportagem da PF. No entanto, ele se recusou a responder e a entrevista à imprensa foi encerrada.

Na sexta (29), Tarcísio esteve em evento com Lula, no Palácio do Planalto, para anunciar investimentos em obras de infraestrutura e não conversou com a imprensa em Brasília. Enquanto ministros do governo federal se manifestaram contra a tentativa de golpe e elogiaram a democracia, o governador não mencionou a investigação da PF e elogiou a parceria em andamento.

Políticos que convivem com Tarcísio lembram que ele construiu uma relação estreita com Moraes, que atua no cerco ao ex-presidente, e que é assessorado por Gilberto Kassab (PSD), outro nome que evita o embate entre os Poderes, o que explicaria o posição do governador de submergir.

Aliados afirmam que o presidente priorizou uma agenda positiva e quer evitar polêmicas. Para eles, não há vantagem em Tarcísio se manifestar, já que qualquer afirmação pode gerar ataques da ala mais bolsonarista da direita ou da oposição.

Na opinião dos parlamentares de Bolsonaro, Tarcísio quer se preservar para as eleições de 2026 e mostrar aos eleitores centristas que não é um golpista. Ao mesmo tempo, como afilhado político, deveria fazer uma defesa mais enfática do ex-presidente e, diante da situação delicada, prefere se abster.

Os deputados mais radicais dizem acreditar que Tarcísio, de forma reservada, tem divergências ideológicas com Bolsonaro apesar de lhe ser leal. Ainda segundo os bolsonaristas, Tarcísio é hoje o candidato do sistema para enfrentar Lula e, por isso, precisa manter uma imagem ponderada.

Tarcísio tem preferido se manifestar por escrito. Na semana passada, após o indiciamento do ex-presidente, ele afirmou que “há uma narrativa generalizada contra o presidente Jair Bolsonaro e que carece de provas”.

“Precisamos ser muito responsáveis ​​com acusações graves como essa”, diz o post com distorções e omissões sobre o golpe bolsonarista.

Tarcísio mantém silêncio desde o fim das eleições municipais. Naquele momento, ele evitou repetir a afirmação que fez no dia da votação no segundo turno sem apresentar provas -de que a facção criminosa PCC teria orientado o voto em Guilherme Boulos (PSOL).

Os aliados dizem acreditar que o governador quer esperar a poeira baixar, mas os acontecimentos do último mês dificultaram a estratégia.

Duas semanas após a declaração que rendeu a Tarcísio uma denúncia criminal no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) –já protocolada–, o governo voltou ao centro das atenções depois que o denunciante Antônio Vinícius Lopes Gritzbach, que estava na mira do PCC, foi assassinado no aeroporto de Guarulhos.

Outros casos envolvendo a Polícia Militar, comandada pelo governador, geraram pressão e cobrança de explicações – a morte de Ryan da Silva Andrade Santos, 4 anos, baleado em Santos (SP), e de um estudante de medicina baleado por um policial na Vila Mariana, além da prisão de um capitão da PM em operação de combate à lavagem de dinheiro.

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Questionado pela imprensa, o governador defendeu punição ao policial preso. Sobre o caso do estudante, ele chegou a se manifestar nas redes sociais, afirmando que os abusos policiais não serão tolerados.

A morte de Ryan não foi comentada. Dois dias após o assassinato, Tarcísio elogiou Guilherme Derrite, secretário de Segurança Pública, em evento do qual saiu sem responder aos jornalistas.

A frase “hoje não”, acompanhada de sinais negativos com a cabeça e as mãos, tornou-se hábito do governador em reuniões com a imprensa, para deixar claro que não dará entrevista, mesmo em ocasiões em que o espaço físico dificulte a entrevista. manobra. escape.

Na 55ª convenção da Conib (Confederação Israelense do Brasil), no Clube Hebraica, no dia 23, o governador teve que cruzar um cordão de repórteres na entrada do evento. Mais uma vez, limitou-se ao sinal negativo e ao pedido de autorização para abertura de passagem.

Em novembro, Tarcísio participou de pelo menos 14 eventos públicos. Entre eles, ele esteve cinco vezes na Bolsa B3, no centro da capital, para realizar leilões. Ele fez breves discursos, mas não respondeu às perguntas dos repórteres.

Dois desses eventos, o leilão de Nova Raposo e as inaugurações em Mogi Guaçu, ocorreram após a divulgação do relatório da PF sobre o golpe.

Para o cientista político Cláudio Couto, Tarcísio “deve lealdade” ao ex-presidente, já que Bolsonaro era seu líder eleitoral quando concorreu ao governo de São Paulo.

“Ele precisa dar demonstrações contínuas de lealdade porque, se não fizer isso, não conseguirá se tornar politicamente viável nesse campo no futuro. O terreno está aberto para ele, mas Tarcísio não pode, até então, simplesmente trair esse movimento de onde ele veio. Ele pode ficar dizendo que nada aconteceu assim ou evitando declarações”, diz Couto.



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